Tachada como “rid�cula” pela presidente Dilma Rousseff h� duas semanas, a hip�tese de racionamento de energia entrou no radar do governo com a constante queda dos n�veis dos reservat�rios. “A quest�o � que agora passamos a considerar algo que antes n�o fazia sentido pensar”, disse uma fonte da �rea t�cnica. “O n�vel dos reservat�rios est� baixando, ent�o n�o podemos fechar os olhos.”
A possibilidade de se repetir em 2013 o “apag�o” de 2001 �, por�m, considerada pequena tanto no governo quanto no setor privado, embora a Associa��o Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) tenha sugerido nesta segunda-feira (7) que os grandes consumidores avaliem “a redu��o volunt�ria de suas demandas neste momento”, numa esp�cie de racionamento “branco”.
O risco maior � de aumento nas tarifas. Nesse caso, o corte nas contas de luz prometido pela presidente Dilma em rede de r�dio e TV, em setembro, pode ficar menor do que o originalmente estimado, j� que as t�rmicas - mais caras - continuar�o em opera��o por mais tempo.
O Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE), �rg�o do governo respons�vel por acompanhar e avaliar o suprimento de energia no Pa�s, se re�ne nesta quarta-feira (9) para avaliar a situa��o. O Minist�rio de Minas e Energia diz que � um encontro rotineiro, j� agendado. Ainda assim, houve nervosismo no mercado financeiro.
Apesar do in�cio do per�odo �mido, o n�vel dos reservat�rios s� cai desde novembro. A expectativa era que as chuvas de dezembro melhorassem o n�vel dos lagos. Mas a combina��o entre volume baixo de �gua e consumo elevado com o calor piorou a situa��o. No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que tem 70% do armazenamento do Pa�s, os reservat�rios est�o em 28,5%.