Apesar de o pr�prio governo j� admitir que o custo do uso acentuado das usinas t�rmicas ser� repassado aos consumidores, o secret�rio executivo do Minist�rio de Minas e Energia, M�rcio Zimmermann, disse, nesta ter�a-feira, que o gasto com essas usinas n�o compromete o desconto de 20% nas contas de luz, a partir deste ano. "A redu��o de 20% � estrutural, enquanto o gasto com as t�rmicas � conjuntural. N�o podemos misturar uma coisa com a outra", afirmou. Na segunda-feira em entrevista � TV Globo, o ministro Edison Lob�o disse que o impacto do uso em grande escala das t�rmicas seria de cerca R$ 400 milh�es por m�s, ou menos de 1% de impacto para os consumidores. Mas analistas de mercado projetam impactos maiores.
Zimmermann falou ainda que o pa�s n�o corre o risco de passar por um novo per�odo de racionamento de energia. Segundo ele, apesar dos reservat�rios estarem em n�veis baixos, o sistema hidrot�rmico brasileiro est� equilibrado. "Em 2001 o problema era a falta de usinas, e hoje n�o temos esse problema. As usinas t�rmicas entram nos leil�es de energia para serem usadas quando houver necessidade. Essa � uma caracter�stica do nosso sistema", disse.
O presidente do Grupo CPFL Energia, Wilson Ferreira J�nior, tamb�m anunciou nesta ter�a que o custo pela utiliza��o das usinas termoel�tricas n�o deve comprometer a inten��o do governo de reduzir em 20% o pre�o final da tarifa de energia el�trica. O custo de produ��o da energia termoel�trica � muito maior, mas ele lembrou que a utiliza��o das usinas n�o � permanente, � tempor�ria. As termoel�tricas s� s�o ligadas quando o n�vel de �gua dos reservat�rios est� baixo.
“S� anularia [a redu��o] se houvesse a certeza que daqui para a frente n�o haveria mais chuva e s� [usina] termoel�trica. A�, sim. A gente tem a termoel�trica como um recurso em substitui��o � �gua. No momento em que os reservat�rios voltam a ficar cheios, as termoel�tricas s�o desligadas”, explicou. Para ele, o impacto no uso da energia alternativa � provis�rio.