O vice-presidente da General Motors do Brasil, Marcos Munhoz, defende a cria��o de uma nova c�mara setorial, a exemplo da que foi criada no in�cio dos anos 90 para discutir medidas urgentes que ajudem a melhorar a competitividade do produto brasileiro n�o s� no setor automotivo, mas em todos os demais segmentos produtivos.
A preocupa��o � refor�ada pelo fraco desempenho das exporta��es de autom�veis, que ca�ram quase 20% no ano passado em compara��o a 2011. A previs�o das fabricantes para este ano � de nova queda de cerca de 5% nas vendas externas.
“Nenhum pa�s no mundo sobrevive s� com vendas ao mercado interno”, diz o executivo. Segundo ele, o c�mbio desfavor�vel e principalmente os altos custos produtivos do Pa�s tornam o produto nacional sem condi��es de competir no mercado internacional. “Fica mais caro levar um carro de Gravata� (RS) para o Recife do que trazer um carro da Coreia para o Brasil”, exemplifica o executivo.
Enquanto as vendas internas em 2012 cresceram 4,6% e foram recorde, com mais de 3,8 milh�es de unidades, a produ��o caiu quase 2%, para cerca de 3,4 milh�es de ve�culos.
Outro fator que pesa nos chamado custo Brasil � volatilidade nas regras comerciais, afirma a presidente da GM brasileira, Grace Lieblein, que deixa o cargo neste m�s para assumir novas fun��es na matriz, em Detroit, Estados Unidos. “No Brasil, precisamos de plano A, B, C at� F - e usamos todos”, diz a executiva.
Ela se refere, em parte, �s mudan�as no regime automotivo com o M�xico, que no ao passado passou a ter cotas de importa��o, e na alta repentina de 30 pontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para importados, em vigor desde o fim de 2011.