Lideran�as das cadeias cal�adistas e da moda elogiaram, nesta segunda-feira, na abertura da Feira Internacional de Cal�ados, Artefatos de Couro e Acess�rios de Moda (Couromoda), em S�o Paulo, as medidas de desonera��o tribut�ria e da folha de pagamento adotadas pelos governos federal e estaduais. Criticaram, no entanto, a falta de a��es da Uni�o para impedir as importa��es predat�rias, principalmente de cal�ados.
De acordo com o presidente da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Cal�ados (Abical�ados), Milton Cardoso, por causa da queda no com�rcio exterior do setor, o super�vit da ind�stria cal�adista, que j� chegou a US$ 5 bilh�es, n�o dever� atingir US$ 1 bilh�o em 2012, devido ao aumento das importa��es e da pr�tica da triangula��o por parte do mercado chin�s. De acordo com Cardoso, a triangula��o ocorre desde 2010, ap�s o governo brasileiro adotar medidas antidumping sobre o cal�ado chin�s, cujos produtos passaram a entrar no Brasil por meio de outros pa�ses como Taiwan, por exemplo.
Outra pr�tica predat�ria permitida pelo governo brasileiro, segundo Cardoso, � a importa��o de partes de cal�ados para a montagem do produto no Brasil. "N�o conseguimos entender como empresas que importam 94% dos produtos e somente montam o cal�ado no Brasil s�o consideradas regulares e legais", disse. De acordo com ele, essas ind�strias s�o consideradas nacionais e conseguem descontos, por lei, de 75% no imposto de renda e incentivos dos governos estaduais como desonera��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS). "� uma pr�tica contra a qual o governo agir�", cobrou o presidente da Abical�ados.
Segundo Cardoso, desde janeiro de 2012 a produ��o industrial do setor cai m�s a m�s ante igual per�odo de 2011, exceto em fevereiro e outubro do ano passado. J� a queda no n�vel de emprego do setor ocorre repetidamente desde outubro de 2011. "Se o com�rcio cresce desde 2010 isso (essa queda) s� pode ocorrer por conta dos problemas com as importa��es", disse.
J� o presidente da Associa��o Brasileira dos Lojistas de Artefatos e Cal�ado (Ablac), Carlos Ajita, cobrou ainda a amplia��o da isen��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que j� � feita na venda de cal�ados, t�nis e confec��es, para os artefatos de couro, que hoje tem uma al�quota de 10% de IPI.
A 40ª Couromoda, que acontece esta semana em S�o Paulo, re�ne mais de mil expositores do setor presentes em 17 Estados do Brasil, movimenta R$ 70 bilh�es e gera 1 milh�o de empregos.