A zona do euro precisa mudar sua pol�tica na dire��o do crescimento ap�s a gest�o da crise que dominou os �ltimos anos, afirmou o ministro das Finan�as da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, em entrevista a um canal de TV. Dijsselbloem foi indicado como presidente do Eurogrupo, que representa os 17 ministros das Finan�as da zona do euro, na segunda-feira, sucedendo Jean-Claude Juncker, que deixou o cargo ap�s oito anos.
"Eu espero que n�s possamos aumentar ainda mais as bases da confian�a com as medidas estruturais", afirmou o ministro. "H� sinais iniciais de al�vio, tendo em vista que a zona do euro est� em uma situa��o mais est�vel agora.
Mas ele expressou um tom de cautela. "Em alguns pa�ses da zona do euro, h� ainda muito a ser feito. H� um risco de n�s relaxarmos novamente quando os sinais de al�vio aparecerem; a estabilidade que n�s vemos agora pode se tornar instabilidade outra vez".
Como presidente do Eurogrupo, Dijsselbloem ainda ser� o ministro das Finan�as da Holanda. "Essa � a minha primeira responsabilidade", afirmou. Quando for necess�rio, o secret�rio das Finan�as da Holanda, Frans Weekers, participar� das reuni�es do Eurogrupo para representar a Holanda.
Dijsselbloem disse tamb�m que entende a decis�o da Espanha de se opor a sua indica��o como presidente do Eurogrupo, e afirmou que � importante que pa�ses grandes se sintam representados nas institui��es da Uni�o Europa. A Espanha foi o �nico pa�s da zona do euro a n�o apoiar a indica��o do ministro holand�s.
A Espanha, a quarta maior economia da zona do euro, n�o concordou com a nomea��o de Dijsselbloem porque n�o se sente representada nas principais institui��es da Uni�o Europeia, afirmou o ministro das Finan�as espanhol, Luis de Guindos. Ele disse que estava "confiante" que a situa��o ser� "corrigida" e que a Espanha ser� compensada quando outras posi��es importantes se tornarem dispon�veis.
Dijsselbloem afirmou que "lamentava" a decis�o da Espanha, mas que poderia entender a insatisfa��o do pa�s. Ele disse que convidou Guindos para uma reuni�o em Haia e "ent�o n�s podemos conversar mais".
N�o � a primeira vez que a Espanha se op�e a um cargo importante na UE. Em outubro, o pa�s tentou bloquear a sele��o do presidente do Banco Central de Luxemburgo, Yves Mersch, para o conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), argumentando que o candidato espanhol dever� ser escolhido para substituir Jos� Manuel Gonzalez P�ramo. Mas as tentativas da Espanha n�o foram bem-sucedidas.