A luz amarela sobre o endividamento da Petrobras foi acesa dentro da empresa, jogando mais press�o por um aumento de combust�veis antes da divulga��o dos resultados do quarto trimestre. Segundo fontes da companhia, a estatal ultrapassou a barreira que � usada como refer�ncia por ag�ncias de classifica��o de risco - n�vel de alavancagem de 2,5 vezes a rela��o entre d�vida l�quida sobre a gera��o de caixa medida pelo Ebitda (sigla em ingl�s para lucro antes dos juros, impostos, deprecia��o e amortiza��o).
A partir do patamar de 2,5 vezes, a petroleira passa a conviver com o risco de ter sua nota rebaixada pelas ag�ncias internacionais, o que deixaria empr�stimos mais caros, for�aria a venda de a��es e limitaria a capacidade de investimento, com reflexos negativos para toda a cadeia de fornecedores.
Proje��es internas d�o conta de que, em parte do quarto trimestre, o limite teria ultrapassado a rela��o de 2,6 vezes. A luz vermelha acende ao redor de 3. No m�s passado, a ag�ncia Moody’s colocou a Petrobras sob perspectiva de poss�vel rebaixamento da nota da d�vida, o primeiro sinal negativo vindo do mercado.
A proje��o interna acima de 2,6 vezes era parcial, pois o resultado do quarto trimestre n�o estava fechado - a apresenta��o dos resultados ocorrer� no dia 4. Espera-se que o reajuste do diesel e da gasolina saia at� esta data. Desta forma a empresa divulgaria ao mercado a m� not�cia (o rompimento do n�vel de 2,5 vezes) j� com um al�vio (o aumento) para o caixa.
A Petrobras ganhou em 2007 grau de investimento, classifica��o que lhe permite melhores condi��es para se financiar no mercado internacional. Em 2009, mudou o patamar da d�vida, com alta de US$ 25 bilh�es, e desde ent�o h� piora. As informa��es s�o do jornal O Estado de S.Paulo.