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Estado de Minas

Reservat�rios amea�am desconto nas contas de luz

Mesmo com mais chuvas, n�vel de �gua nas represas das hidrel�tricas do pa�s est� cerca de 50% abaixo do visto em janeiro de 2012. Efeito pode ser corte menor na conta de luz


postado em 25/01/2013 00:12 / atualizado em 25/01/2013 07:22

Na represa de Três Marias volume de água está mais de 50% abaixo do esperado para fim de janeiro(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Na represa de Tr�s Marias volume de �gua est� mais de 50% abaixo do esperado para fim de janeiro (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

A conta de energia vai ficar mais barata e o consumo vai aumentar e pressionar ainda mais a oferta de energia no pa�s, que ainda � dependente do tempo. E a falta de chuvas pode afetar a redu��o tarif�ria que entrou em vigor ontem com corte m�dio de 20,2% nas contas de consumidores residenciais, comerciais e industriais. A chuva na Regi�o Sudeste e, particularmente, em Minas, ainda est� longe de ser suficiente para recuperar o n�vel dos reservat�rios nas hidrel�tricas das regi�es Sudeste e Centro-Oeste, as principais fornecedoras do insumo no pa�s, o que exige o funcionamento das usinas t�rmicas, que geram energia a um custo mais alto.

Entre 1º e 22 de janeiro, o reservat�rio de Furnas, uma das usinas mais estrat�gicas do pa�s (Rio Grande), que des�gua no Paran� e chega a Itaipu, subiu 13,04 pontos percentuais, saindo de 12,51% para 25,55%. Para efeito de compara��o, em 22 de janeiro do ano passado, os reservat�rios do Sudeste/Centro Oeste, estrat�gicos para o abastecimento de energia no pa�s, estavam com 73,60% de sua capacidade de armazenamento. Hoje, estacionam em 33,87%.

J� h� quem aposte que dificilmente o n�vel dos reservat�rios no pa�s ficar� acima de 60% depois do per�odo das chuvas. Os dados s�o do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS). “Se n�o chover o suficiente e as usinas t�rmicas tiverem que ser acionadas durante todo o ano de 2013, o desconto na conta de energia anunciado pela presidente Dilma Roussef poder� ser inteiramente corro�do no ano que vem”, afirma Walter Froes, diretor da CMU Energia. Ele lembra que o ano de 2012 come�ou com os reservat�rios lotados e terminou numa situa��o dram�tica. “Estamos construindo hidrel�tricas sem reservat�rio e, por isso, ficamos cada vez mais expostos � boa vontade de S�o Pedro”, observa.

Na Bacia do Rio Grande, que abriga em cascata quatro das principais hidrel�tricas do pa�s, o n�vel da �gua nos reservat�rios subiu desde o in�cio de janeiro, mas ainda est� longe da marca registrada em igual per�odo do ano passado. O volume �til do reservat�rio de Furnas estava em 74,25% em 22 de janeiro de 2012. A diferen�a em favor do mesmo dia do ano passado � de nada menos do que 48,7 pontos percentuais. Em Mascarenhas de Morais o volume �til est� em 32,03% e no ano passado estava em 84,62%. �gua Vermelha registrava 49,40% em 22 de janeiro de 2012 e agora est� em 26,65%. A menor diferen�a foi encontrada em Marimbondo, onde o n�vel do reservat�rio estava em 35,46% em janeiro de 2012 e hoje registra 32,03%.

Preju�zo �s margens das hidrel�tricas


As chuvas que trouxeram transtornos na Regi�o Norte do estado ainda n�o serviram para dar alento � situa��o tamb�m em Tr�s Marias, na Regi�o Central. Ali, a represa da bacia do Rio S�o Francisco est� 11,20 metros abaixo da linha m�xima e com 39,25% do volume total, sendo que a expectativa da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), que opera o reservat�rio, era de que as chuvas de novembro a janeiro tivessem elevado as �guas a 82% nesta semana. Os preju�zos j� relatados em reportagem do Estado de Minas, publicada em 11 de janeiro, persistem na piscicultura de tanques e na atividade tur�stica.

De acordo com a subgerente do Clube N�utico Tr�s Marias, Simone Soares dos Santos, por causa da escassez de chuvas o movimento caiu cerca de 30%. “A dificuldade de lan�ar um barco � grande. Precisamos usar tratores para transportar as embarca��es do seco at� a �gua e isso desanima os turistas e s�cios”, conta. A esperan�a dela � que as chuvas se intensifiquem para que mais gente possa vir no carnaval.

A seca mudou a rotina movimentada do clube. Com o recuo do lago de Tr�s Marias a rampa usada para lan�ar embarca��es se tornou uma laje sem prop�sito que desce 10 metros morro abaixo, com barcos e motos aqu�ticas entulhadas a seu redor, numa garganta que fica hoje a 90 metros do n�vel da �gua. Entre o matagal que cresce verdejante e j� se tornou pasto em algumas �reas, aparecem boias amarelas que deveriam demarcar a �rea de manobras n�uticas para os barcos do clube.

No meio desta semana, as instala��es ficaram praticamente vazias, ainda que as f�rias de in�cio de ano n�o tenham terminado. As churrasqueiras est�o abandonadas, piscinas sem frequentadores e um tapete de mangas maduras se espalha pelo ch�o, j� que n�o h� ningu�m para apanhar as frutas. Barcos e lanchas potentes, que poderiam cruzar o lag,o est�o parados nos hangares, estocados lado a lado e cobertos por lonas para n�o empoeirar.


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