O pa�s precisar� de novos aeroportos no entorno das capitais para atender ao aumento de demanda nos pr�ximos anos. A avalia��o � do ministro da Secretaria da Avia��o Civil, Wagner Bittencourt. Ele citou o caso do Rio Grande do Sul, que poder� ganhar uma nova estrutura aeroportu�ria, apesar de contar com o Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre, recentemente duplicado. O ministro participou hoje (28) de coletiva na sede regional da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), referente � opera��o conjunta de fiscaliza��o da avia��o geral no estado do Rio de Janeiro.
“N�s estamos conversando com o estado desde 2011 e n�o s� com o Rio Grande do Sul, mas em rela��o � necessidade de outros aeroportos em capitais. A demanda tem crescido muito no pa�s e com isso a nossa infraestrutura dos grandes e m�dios aeroportos come�ou a ficar lotada. Nos pr�ximos anos, digamos dez ou 15 anos, vamos precisar desenvolver aeroportos em algumas capitais do pa�s. Tem alguns aeroportos, como � o caso [do Aeroporto Internacional Salgado Filho] de Porto Alegre, que estamos avaliando potenciais locais adequados”, disse Bittencourt.
O ministro disse que Rio e S�o Paulo n�o estariam dentro das capitais que demandar�o novos aeroportos, mas citou o caso de capitais nordestinas em que as atuais estruturas aeroportu�rias n�o permitem, pela localiza��o, a extens�o das pistas. “N�s vamos ter que identificar novos terrenos e planejar a constru��o e viabiliza��o desses novos aeroportos.”
Bittencourt explicou que a constru��o de um novo aeroporto, no caso de Porto Alegre ou de outras capitais, n�o vai significar a desativa��o ou regionaliza��o do aeroporto antigo. “O aeroporto [Salgado Filho] tem qualifica��o para ser importante. Se voc� olhar, existem grandes capitais - e talvez a tend�ncia seja esta - que podem ter mais de um aeroporto. N�o � porque tem um que o outro � desativado.”
O ministro disse que a proposta ga�cha foi trazida pelo pr�prio governo do Rio Grande do Sul, mas n�o determinou prazo para o in�cio das obras. “Obviamente tem que haver estudo t�cnico da melhor localiza��o, que envolve a situa��o do terreno, quest�o de mobilidade e at� de ventos. Estamos avaliando para saber qual a melhor alternativa. N�o temos necessidade de decidir tudo este ano, mas se conseguirmos estocar, desenvolver e preservar a �rea [do futuro aeroporto] ser� bom.”
O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, disse que h� estimativas de que em apenas cinco anos dobre a movimenta��o nos aeroportos brasileiros, que hoje � 180 milh�es de passageiros embarcados e desembarcados, o que d� uma m�dia de praticamente um bilhete por pessoa, em rela��o � popula��o.
Segundo ele, h� dez anos, a m�dia era apenas 0,3 passageiro por habitante do pa�s, n�mero que passou para 0,6 em 2007 e 0,9 em 2012. Nos Estados Unidos, em n�vel de compara��o, a rela��o � 3 passageiros embarcados e desembarcados por habitante. “Nosso mercado cresceu muito nos �ltimos anos, mas ainda tem espa�o para crescer mais”, disse Guaranys.
Durante a opera��o conjunta, que tamb�m teve o Departamento de Controle do Espa�o A�reo (Dcea) e Pol�cia Federal (PF), foram acompanhados e fiscalizados 1.243 movimentos de aeronaves, com o registro de 3,5% de irregularidades, desde problemas com documenta��o at� falhas em manuten��o. As a��es ocorreram em sete aeroportos do estado do Rio, envolvendo 220 servidores.