Ser� superior a 10% a taxa de retorno real para as concess�es de rodovias oferecidas pelo governo federal, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Vai ganhar quem oferecer tarifa mais baixa de ped�gio. Isso n�o muda", afirmou o ministro nesta ter�a-feira, ao apresentar projetos de infraestrutura a investidores em S�o Paulo.
"Ent�o, caber� ao mercado dizer qual � a taxa de retorno que deseja obter. Antigamente era diferente. (O vencedor) era quem dava a maior contrapartida para o governo. Agora n�o", comentou o ministro no evento conhecido no mercado por roadshow.
Mantega ressaltou que melhoraram as condi��es gerais, tanto de financiamento quanto de prazos. Segundo ele, os per�odos de concess�o subir�o de 25 para 30 anos, enquanto os financiamentos passar�o de 20 para 25 anos. "Estamos barateando o custo do financiamento e dando condi��es excepcionais."
Conforme Mantega, os interessados em concess�es v�o precisar ter menos patrim�nio e ativos, "de forma que (isso) reduz o custo e aumenta a rentabilidade do empreendimento." O ministro tamb�m lembrou que o prazo de car�ncia subiu para cinco anos. "Ou seja, por cinco anos, ele (o empres�rio) investe, est� arrecadando e n�o vai pagar nada. Vai pagar a partir do sexto ano."
Mantega disse que o governo fez modifica��es para tornar as concess�es mais atraentes. "Isso ser� suficiente, pois vai aumentar muito a taxa de rentabilidade. Ent�o, n�s caprichamos. Vamos ter um cons�rcio dos tr�s bancos emprestando", declarou em refer�ncia �s institui��es p�blicas Caixa Econ�mica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
Ele tamb�m mencionou que foi reduzida a taxa de financiamento para os empr�stimos-ponte. "O empreendedor apresenta o projeto e enquanto est� sendo analisado pelo BNDES, pode come�ar a obra. Ent�o, ele pede o empr�stimo antecipado do Banco do Brasil, que agora ter� uma taxa mais baixa. As garantias tamb�m diminu�ram. H� menos garantia, menos taxa de juros e exig�ncias, de modo que o empreendimento ser� rent�vel."
Desonera��es
Mantega disse ainda que o governo dever� estender desonera��es na folha de pagamento para setores produtivos que ainda n�o foram contemplados pela medida. "Devemos continuar com a desonera��o da folha de pagamento. Fizemos para 40 setores. Existem outros setores que querem fazer a desonera��o", comentou. "N�s vamos ter agora a reforma do ICMS, que deve sair ainda no primeiro semestre. E n�s teremos outras redu��es de PIS/Confins, em outros segmentos, que estamos estudando, e n�o temos o formato de incentivos para apresentar neste momento."