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Estado de Minas

Mercado brasileiro de beleza supera informalidade e j� � o terceiro em import�ncia


postado em 14/02/2013 09:34

O mercado brasileiro de beleza est� em terceiro lugar no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos e o Jap�o. A profiss�o de cabeleireiro normalmente nascia na informalidade, por influ�ncia de algu�m da fam�lia que atuava na �rea.

H� pelo menos cinco anos, um n�mero expressivo de pessoas sem op��o de trabalho resolveu entrar nesse mercado devido ao retorno r�pido e � f�cil capacita��o. A explica��o foi dada por Carlos Orist�nio, coordenador do curso de est�tica e cosm�tica da Universidade Cruzeiro do Sul, primeira institui��o no estado de S�o Paulo a ter um curso de gradua��o voltado para a �rea.

“Pessoas que t�m algum tipo de dificuldade de coloca��o e recoloca��o s�o as que chegam ao mercado de beleza. Vulner�vel, esse mercado n�o est� sujeito a regulamenta��o, o que incentiva qualquer pessoa que queira fazer um curso de tr�s meses a aprender a cortar cabelo e montar um sal�o. H� dez, 15 sal�es em cada quarteir�o. Esses profissionais sabem a profiss�o, mas n�o s�o bem qualificados”, disse. Com o curso de gradua��o em forma��o profissional de cabeleireiro, o aluno sai formado n�o s� na �rea t�cnica, mas como gestor.

Segundo Orist�nio, com a exist�ncia de uma universidade, as escolas e os centros t�cnicos come�aram a melhorar seus cursos e a qualifica��o dos alunos. “O momento do mercado � de melhoria da qualifica��o das pessoas, que est�o tendo mais interesse nisso. At� porque h� uma cobran�a maior dos pr�prios clientes”. De acordo com o coordenador do curso, antes da universidade os interessados iam �s escolas e passavam por tr�s passos - o lavat�rio, as tesouras e os tipos de corte, “Quando fazia isso, formava esse cabeleireiro. Hoje, isso n�o � suficiente. H� v�rios artigos cient�ficos que mostram a evolu��o da profiss�o”.

Profissional da �rea h� 12 anos e influenciada por uma fam�lia que atua no ramo da beleza, Jaqueline Ribeiro da Silva est� formada na universidade desde 2009. Ela contou que fez a gradua��o por querer mais conhecimento do que as escolas t�cnicas poderiam lhe dar. “Eu j� havia feito v�rios cursos na �rea, mas sentia necessidade de algo mais, de pegar um produto de tratamento e entender a composi��o. Eu tinha necessidade de ter algo mais do que a t�cnica b�sica”.

Jaqueline disse que a carreira mudou radicalmente depois da gradua��o. “As possibilidades de trabalho aumentaram, mudou a minha vis�o, o modo de enxergar minha cliente com sua individualidade para compor o visual sem ficar engessada a uma tend�ncia do momento. Aprendi a dar uma consultoria melhor, que � o que falta em muitos profissionais”.

Aluna do quinto semestre do curso, Eudiane da Silva Souza Merer, ser� graduada no fimdo ano. Disse que antes de entrar na universidade j� trabalhava como cabeleireira e procurou se graduar por n�o achar o curso t�cnico suficiente. “Infelizmente, quando fiz o curso j� senti e hoje, na universidade, posso disser isso sem d�vida. O conhecimento � muito vago nos cursos que focam s� na execu��o. Na gradua��o, a compreens�o � mais aprofundada”.


Na avalia��o da coordenadora administrativa do Instituto Loreal, Lidia Leya Saporito, os cursos t�cnicos atuais passaram a preparar melhor os profissionais para que eles possam acompanhar as exig�ncias do mercado. “O mercado de beleza mudou: hoje � um neg�cio. E exige muito mais do que apenas saber cortar cabelo. � preciso ter um conhecimento mais aprofundado, saber atender a cliente. Isso � superimportante”.

Lidia concorda que muitos cabeleireiros que abrem sal�es n�o est�o preparados como deviam, o que atribui � influ�ncia dos cursos antigos, mais b�sicos. “Antes, para ter um conhecimento diferenciado, era preciso sair do pa�s para estudar. Hoje, a profiss�o � reconhecida e o conhecimento que se adquire l� fora pode ser adquirido tanto ou melhor aqui no Brasil”. Lidia refor�ou que o cliente mudou: est� muito mais exigente e consumista em rela��o � apar�ncia. Os que n�o se atualizarem ficar�o para tr�s.

Lidia disse ainda que, para ter sucesso na profiss�o e conseguir manter um sal�o de beleza aberto, por exemplo, n�o basta conhecimento t�cnico, � preciso saber administrar o neg�cio, conhecer as quest�es burocr�ticas, saber comprar os produtos certos, gerir o estoque e saber usar os produtos adequadamente.

Patr�cia Lima da Silva Loureiro Diniz, 30 anos. est� na etapa final do curso intensivo que dura sete meses. Ela contou que viu a profiss�o como alternativa � carreira anterior, que n�o a satisfazia e foi motivo de v�rias doen�as. A atra��o pela �rea e a influ�ncia familiar tamb�m pesaram na escolha. “Sempre gostei de mexer com cabelo, ent�o me arrisquei na profiss�o e estou superbem. Quando procurei o curso queria algo que tivesse peso no mercado e que fosse suficiente para me tornar capacitada, para me formar, poder entrar em um sal�o e conseguir me desenvolver nele”.

Mesmo satisfeita com o curso, Patr�cia acredita que ainda precisa se aperfei�oar e buscar mais conhecimento para aprimorar o que j� tem. “O curso � suficiente para iniciar na profiss�o, para entrar no mercado de trabalho. Como essa �rea se renova todos os dias, � preciso se atualizar, se especializar. Eu j� estou trabalhando e muito feliz com a escolha”, disse.


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