Os alimentos continuam puxando a infla��o no varejo em fevereiro como demonstra o �ndice Geral de Pre�os - 10 (IGP-10), divulgado nesta sexta-feira pela Funda��o Get�lio Vargas. O grupo alimenta��o apresentou uma varia��o de pre�os de 2,06%, ante 1,54% em janeiro, com destaque para o tomate, cuja taxa passou de 10,29% para 37,64%. As hortali�as e os legumes, subgrupo que inclui o tomate, avan�aram de 6,45% para 20,07%. O IPC-10 apresentou avan�o de 0,74%, ante alta de 0,76% em janeiro.
"O que ter� mais impacto na infla��o dos alimentos no pr�ximo m�s ser�o as hortali�as e os legumes, que devem desacelerar. J� os alimentos processados est�o demonstrando uma lentid�o no repasse da queda de pre�os das mat�rias-primas agr�colas no atacado. Acho que vai demorar um pouco mais, mas vai acabar acontecendo", destacou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (Ibre/FGV) Salom�o Quadros.
Para o fechamento do m�s, a expectativa � de que a redu��o da tarifa de energia el�trica influencie na desacelera��o dos indicadores de infla��o no varejo superior � contribui��o, em sentido contr�rio, dos combust�veis. At� o dia 10 deste m�s, a energia el�trica caiu 10,65% para o consumidor final. E a proje��o do governo � de queda de 18% para as resid�ncias.
Quadros explica que a gasolina j� ficou 1,59% mais cara nos postos e que a maior parte da alta de 6,66% nas refinarias j� foi captada pelos indicadores de infla��o. Por isso, daqui para a frente, a tend�ncia � de que a queda da tarifa de energia tenha mais impacto na infla��o do varejo do que a alta dos combust�veis.
O �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC), dentro do IGP-10, demonstra ainda que o fim gradativo do programa de incentivo � compra de autom�veis novos, com a redu��o do IPI, j� repercutiu em alta de pre�os do produto, que apresentou taxa de 1,12% em fevereiro, ante 0,0% no m�s anterior. Seguindo a mesma trajet�ria, os autom�veis usados registraram alta de 0,37% ante -0,30% em janeiro.