O balan�o das atividades econ�micas do ano passado mostra que o governo conseguiu aproveitar oportunidades para criar um ambiente mais favor�vel para 2013, segundo o secret�rio do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, o pa�s ter� melhores condi��es para manter bons resultados este ano, mesmo diante dos reflexos da crise mundial que afeta principalmente as economias europeias.
Augustin destacou que a rela��o entre a d�vida p�blica e o Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo pa�s, “n�o apenas caiu, como melhorou de perfil”. Essa rela��o, que ficou em 36,4 % em 2011, caiu para 35,1% em 2012. Para Augustin, um dos pontos mais importantes desse resultado � que as d�vidas de curto prazo responderam por 21,7%. “� um perfil mais positivo”, avaliou durante a apresenta��o do sexto balan�o do Programa de Acelera��o do Crescimento 2 (PAC 2).
O secret�rio ainda garantiu que as despesas do governo devem continuar sob controle. Na rela��o com o PIB, os gastos com Previd�ncia responderam por 0,93% do �ndice e as despesas com pessoal foram pouco mais de 4%. A redu��o nas taxas de juros se refletiu nos juros nominais do setor p�blico. Os gastos do governo com pagamento de juros da d�vida p�blica ca�ram de 5,7% do PIB para 4,8%. Segundo Augustin, ainda existe uma tend�ncia de queda na participa��o desses pagamentos da d�vida.
A avalia��o do secret�rio do Tesouro Nacional � que, enquanto as economias europeias e a americana est�o focadas em problemas fiscais, o Brasil conseguiu aproveitar 2012 para um reposicionamento de v�rios setores econ�micos, o que vai dar mais tranquilidade para a situa��o econ�mica de 2013.
Augustin lembrou, por exemplo, que mesmo com toda a crise, em 2012, o pa�s registrou uma nova queda do desemprego. “Foi o melhor ano e a tend�ncia � que a queda do desemprego continue”. O secret�rio ainda destacou a melhoria de renda, principalmente entre os 20% das pessoas mais pobres do pa�s, e o reposicionamento de pre�os da economia. Al�m do controle da infla��o e a manuten��o da taxa b�sica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, Augustin destacou a desonera��o de 40 setores da economia, em um valor equivalente a R$ 45 bilh�es.
“Tivemos grande redu��o de custos com a queda do pre�o de energia que entrou em vig�ncia em fevereiro e que vai trazer competitividade maior para economia e custos menores para o cidad�o”, disse ele.
A situa��o econ�mica do pa�s em 2012 justifica o posicionamento do Brasil no ranking de interesse de empresas internacionais, na opini�o do secret�rio. O Brasil � o terceiro pa�s que desperta mais interesse entre os empres�rios estrangeiros em rela��o aos investimentos que planejam fora de seus pa�ses de origem.
“Isso tudo foi uma prepara��o importante para que n�s tenhamos um 2013 semelhante a 2010, do ponto de vista de recupera��o”, disse ele, ao lembrar a crise de 2009 e as medidas econ�micas adotadas pelo pa�s, que minimizaram os efeitos do cen�rio no ano seguinte. “As condi��es foram constru�das para que o Brasil possa sair bem mais uma vez em um momento internacional dif�cil”, concluiu.