O resultado da infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro tra�a um quadro desconfort�vel, que pode levar o governo a antecipar algumas desonera��es, como a de produtos da cesta b�sica, prometida para este ano. A avalia��o � da economista da Tend�ncias Consultoria Integrada Alessandra Ribeiro. "O quadro � bastante desconfort�vel e agora aumentam as chances de anteciparem desonera��es, principalmente da cesta b�sica, que � o que pode fazer mais diferen�a para a infla��o este ano", disse. A desonera��o da cesta, segundo os c�lculos da Tend�ncias, tiraria do IPCA 0,35 ponto porcentual. O impacto � imediato, informa Alessandra. A proje��o da consultoria de 5,80% para o IPCA de 2013 cairia para 5,45%.
A Tend�ncias projetava IPCA de 0,45% em fevereiro, abaixo do resultado oficial (0,60%). "Estamos bem preocupados com o quadro at� pelo �ndice de difus�o, que mostra que esta � uma press�o de alta generalizada, n�o � pontual", avaliou a economista.
Os c�lculos da consultoria mostram uma desacelera��o no �ndice de difus�o, que representa o porcentual de pre�os com itens em alta, de 75,1% em janeiro para 71,8% em fevereiro. Apesar disso, Alessandra entende que o resultado � bastante alto e desacelerou "muito em fun��o do corte na tarifa de energia". Sem o corte da conta de luz, o IPCA de fevereiro, segundo a Tend�ncias, ficaria em 1,08%, acumulando alta de 6,82% em 12 meses.
Beneficiada pela redu��o na tarifa de energia, a infla��o em 12 meses est� em 6,31% at� fevereiro. Para Alessandra, j� em mar�o o IPCA bate no teto da meta de infla��o (6,5%), ainda que este m�s registre uma desacelera��o na compara��o com fevereiro. Para mar�o, a estimativa � de "alguma desacelera��o", mas contando com um recuo na infla��o de alimentos. A estimativa anterior � divulga��o do IPCA de fevereiro era de que o �ndice ficasse em 0 40% em mar�o. Depois do resultado divulgado nesta sexta-feira, contudo, a consultoria deve refazer a proje��o.
Para o resultado de fevereiro, as surpresas vieram dos grupos Alimenta��o (passou de 1,99% para 1,45%) e Vestu�rio (de -0,53% para 0,55%). "Alimenta��o n�o desacelerou tanto quanto est�vamos imaginando e Vestu�rio acelerou bem e deu repiques muito fortes."