Recursos da Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE) ser�o repassados �s distribuidoras de energia para diluir o impacto dos custos adicionais com o acionamento das usinas termel�tricas, que produzem energia mais cara. As usinas foram acionadas por causa do per�odo de poucas chuvas e a baixa no n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas.
Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica, Maur�cio Tolmasquim, a estrat�gia � usar os recursos da CDE como um colch�o para impedir aumento imediato das tarifas por causa do acionamento das termel�tricas. “Ao usar recurso da CDE e distribuir isso ao longo do tempo, vamos conseguir neutralizar efeito [das t�rmicas], que no ano seguinte poder� ser compensado. A ideia � neutralizar esse efeito ao longo do tempo”, disse o diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel), Nelson Hubner.
Tolmasquim disse ainda que os custos adicionais ser�o repartidos entre v�rios setores da cadeia de energia, e n�o ficar� apenas para as distribuidoras, que podem repassar para a conta de luz. “Com o novo c�lculo, passar� a ser dividido entre outras partes. Metade do custo a mais [causado] pelas t�rmicas, operadas por quest�o de seguran�a, ser� pago por quem tiver exposto no mercado de curto prazo [basicamente empresas que n�o t�m contrato ou geradoras que n�o est�o operando]. Isso estimula contratos de maior prazo. Os outros 50% ser�o rateados entre consumidor, comercializador e gerador”, explicou Tolmasquim, acrescentando que caber� ao consumidor final arcar com cerca de 25% do custo total provocado pelo acionamento das t�rmicas.