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Estado de Minas

Interrup��es na eletricidade geraram compensa��es de R$ 1,2 bi de 2010 a 2012

Em m�dia, foram mais de 18 horas sem luz no per�odo. S�o indicadores que demonstram a baixa qualidade do servi�o, segundo especialistas.


postado em 24/03/2013 07:58 / atualizado em 24/03/2013 09:07

Bras�lia e Belo Horizonte – Ficar sem energia el�trica n�o sai barato. O preju�zo j� atinge os nove d�gitos. Entre 2010 e 2012, as concession�rias de energia el�trica tiveram de pagar aos consumidores brasileiros R$ 1,2 bilh�o em compensa��es por quedas no fornecimento eletricidade, o que cobre apenas uma parte do transtorno causados �s pessoas que ficam sem luz. O valor foi calculado com base na quantidade de horas que os domic�lios ou empresas ficou sem luz e no n�mero de apag�es que aconteceram. S�o indicadores que demonstram a baixa qualidade do servi�o, segundo especialistas.

Em m�dia, cada unidade consumidora ficou 18,47 horas sem energia nesses tr�s anos e os desligamentos ocorreram pelo menos 11 vezes. Para piorar a situa��o do setor, os n�veis dos reservat�rios das principais hidrel�tricas do pa�s aferidos na semana passada est�o bem abaixo dos que foram registrados no mesmo per�odo de 2012.

Dados da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) apontam que a empresa que mais reembolsou os consumidores em 2012 foi a Centrais El�tricas do Par� (Celpa), com um valor total de R$ 67,07 milh�es, seguida pela Celg, de Goi�s, com R$ 52,7 milh�es e pela Light, do Rio de Janeiro, que devolveu R$ 46,5 milh�es.

Os n�meros da Aneel omitem pequenos apag�es. Apenas as interrup��es de mais de tr�s minutos entram na conta. Quem j� ficou preso por qualquer per�odo, por menor que seja, sabe o quanto � desagrad�vel. � um transtorno que n�o se mede financeiramente.

O engenheiro Fernando Umbria, da Abrace, associa��o que re�ne grandes consumidores, explica que, para ind�strias, at� mesmo cortes de energia de alguns segundos causam grandes perdas. "Religar toda uma linha de produ��o pode levar horas ou at� mesmo dias", afirma. Em 2010, um apag�o no Nordeste resultou em preju�zo de R$ 200 mih�es a um associados da Abrace cujo nome n�o � revelado. Isso afeta os custos da empresa e tende a ser repassado para os pre�os. Assim, o consumidor � punido duas vezes: quando fica sem energia e quando � chamado a cobrir, mesmo sem saber, o rombo das empresas.

Na avalia��o ds coordenadora-geral da Associa��o Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria In�s Dolci, o mecanismo de compensa��o criado pela Aneel n�o � justo por falta de transpar�ncia. Al�m dos apag�es curtos, s�o exclu�dos do c�lculo dias considerados cr�ticos para o sistema. In�s defende que a ag�ncia aperfei�oe as normas sobre o assunto.
A coordenadora da Proteste ressalta que muitas vezes entrar com um processo contra a distribuidora � o �nico caminho para que uma perda maior seja reparada por causa de uma interrup��o no fornecimento de energia. "Enquanto mudan�as na regula��o n�o acontecem, � preciso que o consumidor reclame, pois somente assim ele ser� ouvido", alerta.

FALTA �GUA Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, o crescimento na demanda por eletricidade for�ar� o governo a manter as termel�tricas em funcionamento durante todo o ano, uma vez que os reservat�rios est�o com um baixo volume de �gua. Nas regi�es Centro-Oeste e Sudeste, o n�vel apurado na quinta-feira era de 49,94%, enquanto a m�dia em mar�o do ano passado ficou em 80,13%, o que representa uma queda de 37,7% em 12 meses. Embora seja a maior varia��o negativa, em quase todo o pa�s se v� o mesmo de redu��o, com chuvas insuficientes para garantir com seguran�a o funcionamento pleno das hidrel�tricas. No Norte, a queda � de 12,6%. No Nordeste, de 18,3%. O Sul � a �nica regi�o onde os reservat�rios est�o mais cheios, com n�vel, na quinta-feira, 3% superior � m�dia de mar�o de 2012.

Na avalia��o de Pires, os t�cnicos do Executivo precisam rever o planejamento de abastecimento do pa�s, uma vez que h� grandes dificuldades para construir novas hidrel�tricas. Ele enumera que entre as dificuldades est�o problemas de cunho ambiental, para conseguir licen�as, e ind�gena, uma vez que essas etnias se dizem donas de parte das �reas propicias para novas edifica��es.

O especialista ressalta que outras fontes de gera��o de energia precisam ser exploradas para que o sistema tenha alternativas. Para que isso se torne realidade, o governo pode criar um programa para desonerar a compra de equipamentos para constru��o de usinas e�licas e que processam baga�o, al�m de descentralizar a fiscaliza��o dos servi�os prestados. “Os governos estaduais precisam desempenhar esse papel porque � imposs�vel que a Aneel em Bras�lia tome todas as provid�ncias necess�rias para melhorar o setor”, acrescenta.

Na opini�o de Pires, tamb�m � necess�rio que empresas sejam incentivadas a investir na gera��o da pr�pria energia, para que o sistema seja aliviado de novas press�es. “Um empreendimento residencial ou um shopping poderia fazer esse investimento se uma desonera��o ocorrer, e a energia excedente produzida poderia ser vendida para o sistema.”

 

 


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