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Estado de Minas

Banco de desenvolvimento dos Brics continua no papel


postado em 26/03/2013 07:52 / atualizado em 26/03/2013 08:30

Cinco anos ap�s sua cria��o, o grupo formado pelas mais importantes economias emergentes do planeta n�o obteve consenso sobre a cria��o de seu banco de desenvolvimento, por isso a primeira a��o pr�tica do Brics continuar� apenas no papel. Em sua quinta reuni�o de c�pula na ter�a-feira (26), os presidentes do Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul tamb�m n�o devem fechar acordo sobre um fundo com dinheiro das reservas internacionais para casos de emerg�ncia.


A ideia de um banco dos cinco pa�ses para financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura foi lan�ada na c�pula do Brics do ano passado. Desde ent�o, os ministros da Fazenda do grupo v�m estudando como montar a estrutura. Na reta final, por�m, as negocia��es empacaram por diverg�ncias sobre a governan�a da institui��o. Ironicamente, estes mesmos pa�ses pedem maior influ�ncia nas decis�es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Por falta de acordo, a solu��o ser� manter o assunto em pauta, anunciando formalmente a decis�o de construir o banco de desenvolvimento pouco a pouco, com aporte inicial de US$ 10 bilh�es para cada integrante do grupo. A institui��o deve come�ar a operar somente em 2016, no melhor cen�rio tra�ado por fontes do governo brasileiro.

Pesou tamb�m a resist�ncia da R�ssia, que teria menor interesse em obter empr�stimos do futuro banco, por ter melhor infraestrutura do que Brasil, �ndia e �frica do Sul. Tamb�m n�o h� consenso sobre as modalidades de financiamento da futura institui��o.

Ajuste

O Brics foi criado como grupo pol�tico, para unificar o discurso destes emergentes em meio � crise financeira mundial. N�o h� inten��o declarada de uma integra��o maior dos pa�ses e a assinatura de um acordo de livre com�rcio, por exemplo, est� fora de quest�o. No entanto, � poss�vel apostar em aumento das trocas comerciais, devido aos ajustes estruturais que cada economia precisa fazer.

Ao chegar a Durban, no in�cio desta noite, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, resumiu a expectativa brasileira sobre esse potencial de trocas ressaltando o baixo crescimento dos pa�ses desenvolvidos. “Vamos dar continuidade ao estreitamento dos nossos la�os econ�micos porque hoje os pa�ses avan�ados n�o est�o crescendo, est�o crescendo pouco”, disse. “Ent�o os Brics dependem mais de si mesmos. Somos os pa�ses que vamos continuar crescendo, temos um dinamismo maior, temos de aproveitar melhor os nossos mercados e o nosso com�rcio.”

Brasil e R�ssia, que reclamam nos bastidores por exportar produtos b�sicos como petr�leo, g�s, min�rio de ferro e cereais, podem ganhar com a inten��o chinesa de estimular o consumo interno e com a necessidade da �ndia de abrir sua economia. De olho no potencial, ser� criado o Conselho Empresarial do Brics, com cinco representantes de cada pa�s.

O conselho ter� encontros semestrais. O objetivo � listar as dificuldades que travam o com�rcio intra-Brics, as possibilidades de neg�cio e formas de estimular o investimento entre os pa�ses. Na esteira do boom de commodities pr�-crise, a corrente de com�rcio entre os cinco emergentes do grupo cresceu de US$ 27 bilh�es, em 2002, para US$ 282 bilh�es no ano passado.


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