A prorroga��o da al�quota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis at� 2014, anunciada na noite deste s�bado (30) pelo Minist�rio da Fazenda, ajuda a manter os n�veis de produ��o e de emprego no setor automotivo, avaliou neste domingo o diretor de Rela��es Institucionais da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero. "Mantendo os n�veis de vendas, voc� automaticamente est� assegurando n�veis de produ��o e, consequentemente, n�veis de emprego", afirmou. De acordo com Cantero, o efeito da medida sobre o mercado � "muito positivo".
"A ind�stria automobil�stica representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O efeito econ�mico social desse mercado � muito importante na economia. N�s saudamos a medida", afirmou Cantero.
A quest�o do incentivo fiscal foi levada ao Minist�rio da Fazenda pelas associa��es como um dos temas tratados em reuni�es com o governo. "Evidentemente, n�s temos muitos encontros com o governo em fun��o dos nossos temas. Esse tema da possibilidade de prorrogar o IPI n�s discutimos com o governo, que, considerando o efeito disso na economia, decidiu prorrog�-lo."
O setor automotivo j� contratou, em janeiro e fevereiro deste ano, 1.819 trabalhadores, segundo a Anfavea. Reportagem publicada na edi��o de ontem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a ind�stria automobil�stica, com 131,7 mil trabalhadores, est� perto de atingir seu recorde hist�rico em n�mero de funcion�rios (133,6 mil em fins de 1980).
A partir de abril, a al�quota de IPI sobre ve�culos subiria novamente - ap�s uma primeira rodada de aumento no in�cio do ano - e, em julho, retornaria � al�quota original. Os ve�culos flex e a gasolina de at� 1.000 cilindradas, por exemplo, teriam a partir de segunda-feira as al�quotas majoradas de 2% para 3,5%. O governo, no entanto, decidiu manter o imposto em 2% para a categoria at� o final do ano.
O diretor da Anfavea ressaltou que, no in�cio do ano passado, o setor registrava queda nas vendas de autom�veis, movimento revertido depois do an�ncio do benef�cio do IPI reduzido. "O governo adotou a redu��o do IPI, as montadoras tamb�m reduziram os seus pre�os e o cr�dito foi destravado. Em fun��o desse conjunto de medidas, no ano passado conseguimos inverter essa curva para um crescimento de 4,5% no mercado", disse Cantero.