O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, voltou a afirmar hoje (3) que faltam m�dicos no pa�s. Segundo ele, a taxa de profissionais para cada mil habitantes, no Brasil, chega a 1,8. Na Argentina, esse �ndice � 3,2; em Portugal, 3,9 e na Espanha, 4.
Ontem (2), entidades m�dicas rebateram o argumento sustentado pelo governo de que faltam profissionais da �rea no pa�s. Durante ato no Congresso Nacional, eles cobraram o que chamam de pol�tica de interioriza��o da sa�de p�blica para que haja uma redistribui��o dos m�dicos j� em atua��o.
Hoje (3), durante audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados, Padilha defendeu as medidas anunciadas pela pasta, em parceria com o Minist�rio da Educa��o, que incluem o est�mulo � entrada, no sistema de sa�de brasileiro, de m�dicos com forma��o no exterior e a abertura de vagas de cursos de medicina em locais onde h� car�ncia de profissionais.
“N�o � verdade que n�o faltam m�dicos no Brasil”, disse. “O Brasil tem uma quantidade que est� aqu�m de outros sistemas nacionais p�blicos”, ressaltou o ministro.
Segundo ele, 25,9% dos m�dicos que atendem � popula��o norte-americana, por exemplo, n�o s�o formados nos Estados Unidos. Na Inglaterra, o �ndice chega a 37%; na Austr�lia, 22,8%; no Canad�, 17,9%; e no Brasil, 1,8%.
“Querer dizer que esse debate pode significar uma queda de qualidade n�o � compat�vel ao que acontece em outros pa�ses do mundo. Se queremos oferecer sa�de p�blica universal gratuita, temos que ampliar o patamar de m�dicos e aumentar vagas.”
Padilha lembrou ainda que a expans�o dos servi�os de sa�de brasileiros, nos �ltimos anos, possibilitou um mercado de contrata��o formal cada vez maior, mas que o n�mero de profissionais formados n�o acompanhou a demanda.
Dados da pasta indicam que, de 2003 a 2011, o pa�s formou 93 mil m�dicos. No mesmo per�odo, foram 146,8 mil admiss�es de primeiro emprego na medicina.
“O Brasil tem poucos m�dicos e muito mal distribu�dos. O Maranh�o tem 0,6 m�dico por mil habitantes e Bras�lia tem 6. O n�mero de vagas de medicina tamb�m � mal distribu�do”, destacou.