Os pre�os internacionais dos alimentos subiram 1% em mar�o ante fevereiro, informou a Organiza��o das Na��es Unidas para Alimenta��o e Agricultura (FAO) nesta quinta-feira. Segundo a entidade, a eleva��o ocorreu por causa da disparada dos valores de latic�nios.
O �ndice de pre�os de alimentos da FAO, que mede a varia��o mensal dos pre�os globais de uma cesta de commodities aliment�cias, marcou 212 pontos em mar�o. O indicador est� agora 1,7% menor do que em mar�o do ano passado e quase 11% abaixo do pico atingido em fevereiro de 2011.
Conforme a organiza��o, o aumento do pre�os dos alimentos pelo mundo foi impulsionado principalmente por um crescimento de 11% no valor dos latic�nios, produtos que t�m peso de 17% no c�lculo do indicador. O �ndice de pre�os de latic�nios saltou 22 pontos no m�s passado, para 225 pontos, devido ao clima seco e quente na Oceania, que levou � queda acentuada da produ��o de leite e � diminui��o do volume de latic�nios processados na regi�o.
Os valores de latic�nios usados no �ndice dependem principalmente dos pre�os de venda externa da Nova Zel�ndia, maior exportador de latic�nios do mundo, que representa cerca de 1/3 do com�rcio global do setor. Os pre�os de exporta��o de latic�nios tamb�m subiram em outros importantes exportadores, como a Uni�o Europeia e os Estados Unidos, mas n�o na mesma medida, destacou a FAO.
"O aumento excepcional �, em parte, um reflexo da incerteza do mercado, com compradores buscando fontes alternativas de fornecimento", acrescentou a entidade. "Al�m disso, a produ��o de leite da Europa ainda n�o est� a pleno vapor depois de um inverno particularmente frio, que atrasou o crescimento das pastagens para alimentar os animais leiteiros."
A FAO disse ainda que a maioria dos outros pre�os de commodities importantes ficou est�vel em mar�o. Segundo a organiza��o, o �ndice de Pre�os dos Cereais se manteve inalterado no m�s passado, em 244 pontos. Enquanto os pre�os do milho subiram devido a uma queda na oferta dispon�vel para exporta��o dos EUA, os valores mais baixos do trigo em virtude de perspectivas de uma safra global volumosa compensaram esses aumentos, disse a FAO. J� os pre�os internacionais do arroz ficaram est�veis.