Com placar dividido, o Banco Central elevou, na noite desta quarta-feira, 17, a taxa b�sica de juros (Selic) de 7,25% para 7,50% ao ano, no dia seguinte � afirma��o da presidente Dilma Rousseff de que vai atacar sistematicamente a infla��o e que, "qualquer necessidade" de aumento de juros, ser� “em um patamar bem menor" do que no passado.
A decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) ocorre uma semana ap�s o �ndice oficial de pre�os ao consumidor ultrapassar o limite de toler�ncia de 6,5%. “O Comit� avalia que o n�vel elevado da infla��o e a dispers�o de aumentos de pre�os, entre outros fatores, contribuem para que a infla��o mostre resist�ncia e ensejam uma resposta da pol�tica monet�ria”, disse o BC no comunicado da decis�o.
Dois dos oito membros do comit� votaram pela manuten��o dos juros, os diretores Aldo Mendes (Pol�tica Monet�ria) e Luiz Awazu Pereira da Silva (Assuntos Internacionais). No comunicado, o BC disse tamb�m que “incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cen�rio prospectivo para a infla��o e recomendam que a pol�tica monet�ria seja administrada com cautela”.
O mercado financeiro, que at� semana passada esperava que os juros ficassem est�veis, havia alterado suas proje��es desde a �ltima sexta-feira, quando BC e Minist�rio da Fazenda deram nova sinaliza��o de que a taxa iria subir em abril. As previs�es agora s�o de novo aumento da taxa b�sica na reuni�o do Copom dos dias 28 e 29 de maio. At� l�, ser�o conhecidos novos dados sobre a infla��o e tamb�m os n�meros do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2013, que deve mostrar recupera��o em rela��o ao final de 2012.
A taxa b�sica estava no menor patamar da hist�ria recente, desde outubro do ano passado, quando o BC encerrou o ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011. O �ltimo aumento de juro foi em julho daquele ano, para 12,50% ao ano. As previs�es hoje s�o de uma taxa de 8,50% no fim de 2013.