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Estado de Minas

Infla��o � risco para bancos no Pa�s, diz Moody's


postado em 29/04/2013 08:25 / atualizado em 29/04/2013 08:50

A Moody’s, uma das mais respeitadas ag�ncias de classifica��o de risco de cr�dito do mundo, avalia que a infla��o � um risco adicional para o sistema financeiro brasileiro em 2013. Superior at� mesmo � eleva��o da taxa b�sica de juros (Selic).

Em rela��o ao mundo, os analistas da ag�ncia acreditam que este ano tende a ser o menos tenso para o setor banc�rio global desde a eclos�o da crise financeira, em 2008.

Os dois t�picos foram abordados por Gregory Bauer e Celina Vansetti, respectivamente chefe da �rea de bancos para o mundo e para a Am�rica Latina, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Embora o Brasil tenha hoje pleno emprego, a infla��o � um complicador para os bancos, porque reduz o poder de compra das pessoas e pode afetar a capacidade de pagamento do consumidor”, diz Celina.

De acordo com ela, o esperado ciclo de eleva��es da taxa b�sica Selic - iniciado h� duas semanas com a alta para 7,50% ao ano - n�o deve afetar o sistema banc�rio de forma preocupante. “Na conjuntura atual, n�o � mais de esperar que o Banco Central eleve o juro b�sico em cinco pontos porcentuais”, exemplifica. Para Celina, os ajustes de pol�tica monet�ria tender�o a ser mais ‘normais’ daqui para a frente.

Al�m da infla��o, a analista chama a aten��o para outros dois desafios dos bancos brasileiros neste ano: a inadimpl�ncia ainda elevada, mesmo que em tend�ncia declinante na compara��o com 2012, e a press�o sobre as institui��es financeiras para que consigam manter-se rent�veis em um ambiente marcado pelo juro b�sico estruturalmente mais baixo.


Celina frisa que o pior momento para a inadimpl�ncia j� passou e observa que a alta dos calotes em uma conjuntura de pleno emprego � fruto, em parte, do exagero dos pr�prios bancos na concess�o de empr�stimos em 2010 e 2011. “Foi tudo muito r�pido e muito cedo”, disse, referindo-se � expans�o do cr�dito para a nova classe m�dia, sobretudo no segmento de ve�culos.

Para a analista, o segmento de bancos pequenos e m�dios, que viveu alta tens�o desde a descoberta das fraudes no Panamericano, em 2010, deve ter um ano mais tranquilo.

Mundo. Em rela��o ao sistema banc�rio global, Bauer avalia que as perspectivas s�o as melhores desde que o banco de investimentos americano Lehman Brothers quebrou, marcando o in�cio da crise internacional. Isso n�o significa que o setor n�o enfrente desafios.

Os quatro principais em 2013, na avalia��o do especialista, s�o: a fragilidade da recupera��o da economia global e o (ainda) elevado risco alguns pa�ses europeus; as taxas de juros ainda muito baixas na maior parte do planeta, o que pode levar investidores e mesmo os bancos a assumir riscos elevados em busca de retornos que considerem adequados; a confian�a dos investidores ainda baixa em rela��o ao sistema financeiro; e a imin�ncia de mudan�as regulat�rias em tr�s diferentes n�veis: mundial, regional e nacional.

Bauer � um dos analistas que, nos �ltimos anos, passaram a ser temidos pelos principais bancos do mundo por suas decis�es em rela��o ao rating (nota de cr�dito).

Uma reportagem do Wall Street Journal do ano passado mostrava que uma decis�o do seu time na Moody’s poderia custar mais de US$ 9 bilh�es para os acionistas do Morgan Stanley, um dos maiores bancos de investimentos dos EUA.
O Estado de S. Paulo.


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