Os governos do Brasil e da Argentina v�o realizar nova reuni�o de negocia��o comercial dentro de dez dias, em S�o Paulo, com a participa��o dos ministros da Ind�stria e de Rela��es Exteriores de ambos os pa�ses, anunciou o assessor especial da Presid�ncia da Rep�blica para Assuntos Internacionais, Marco Aur�lio Garcia, nesta quinta-feira, 2, em Buenos Aires, onde participa de semin�rio. As negocia��es ser�o uma continuidade das conversas que as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner mantiveram h� uma semana, na Casa Rosada, sede do executivo argentino, e que duraram cerca de 7 horas.
Inicialmente, as presidentes disseram � imprensa que as negocia��es seriam conclu�das durante reuni�o t�cnica em Montevid�u, realizada na �ltima ter�a-feira, 30. Por�m, o Brasil pretende um acordo mais abrangente, que exige tamb�m decis�es pol�ticas em n�vel presidencial e ministerial.
"N�o queremos separar quest�es de com�rcio, de financiamento e investimento", disse Garcia � imprensa, reconhecendo a queda no com�rcio bilateral, com acentuada perda para o Brasil, cujas exporta��es para o pa�s vizinho recuaram mais de 20% no ano passado e cerca de 10% no primeiro trimestre de 2013. Por�m, ele ponderou que o fen�meno ocorreu em consequ�ncia de um desaquecimento em ambas as economias.
Garcia considerou que a falta de an�ncios ap�s a reuni�o presidencial n�o implica a aus�ncia de avan�os nas conversas. "Foram reuni�es muito produtivas no sentido de avan�ar em metas e formas de trabalho", disse. A necessidade de maiores discuss�es, segundo o assessor, deve-se, justamente, ao formato de uma negocia��o mais complexa, que envolve v�rios os assuntos, especialmente o chamado desvio de com�rcio. Enquanto o Brasil reduziu em 2012 seu super�vit com a Argentina em mais de 70%, outros pa�ses aumentaram. "Se houver desvio de com�rcio, vamos discutir e, por isso, as negocia��es s�o globais. N�o queremos dar de um lado e perder de outro", arrematou.
A Argentina busca financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura no pa�s, como linha ferrovi�ria e duas hidrel�tricas. As obras ser�o lideradas por empresas brasileiras, mas em troca o Brasil quer que o governo argentino alivie as barreiras contra as importa��es de produtos brasileiros. Na agenda de negocia��es tamb�m consta o com�rcio bilateral de autom�veis. A Argentina quer incluir suas fabricantes de autope�as no regime de promo��o brasileiro Auto-Inovar.