A Uni�o Europeia (UE) iniciou uma ofensiva contra o desemprego juvenil "com um plano ambicioso" que ser� debatido na c�pula europeia de junho, para acabar com um pesadelo crescente no continente, em particular na Espanha. O presidente da Comiss�o Europeia (CE), Jos� Manuel Barroso, pediu aos pa�ses europeus para concretizar medidas para reativar o "crescimento e o emprego".
"Seria importante refor�ar nosso plano para reativar o crescimento em junho, com um plano mais ambicioso de combate ao desemprego entre os jovens", disse Barroso em coletiva de imprensa com o novo chefe de governo italiano, Enrico Letta. Barroso alertou, contudo, que o plano da UE n�o basta para resolver o problema. "� preciso continuar com a pol�tica de corre��o dos d�ficits excessivos com reformas e medidas que estimulem a competitividade de nossas economias e que a curto prazo voltam a dar esperan�a".
Letta pediu � UE que na c�pula de junho sejam apresentadas "medidas concretas" contra o desemprego juvenil, "um pesadelo em seu pa�s e na Europa". "Pediremos, sobretudo, que a luta contra o desemprego juvenil seja a mensagem mais importante e concreta que saia do Conselho Europeu de junho", disse Letta, em sua primeira visita a Bruxelas ap�s assumir o governo, como parte de sua viagem pela Europa, ap�s Alemanha e Fran�a.
Segundo os �ltimos dados, mais de 19 milh�es de pessoas (12,1%) estavam sem trabalho na zona do euro em mar�o, uma trag�dia para um bloco abalado pela recess�o e por medidas de austeridade que afetam particularmente a Espanha, Gr�cia, Portugal e It�lia.
Os dados s�o especialmente ruins para os mais jovens: 23,9% deles estava sem trabalho na zona do euro, comparado com 22,3% em fevereiro de 2012, segundo as �ltimas estimativas do escrit�rio de estat�sticas europeu, Eurostat, mas s�o particularmente desoladores na Espanha (quase 56%), Portugal (38,3%) e It�lia (38,4%). Na Gr�cia, mais de 59% dos jovens menores de 25 anos estavam sem trabalho em dezembro.
Em um contexto cada vez mais dif�cil, o presidente italiano voltou a insistir sobre a necessidade de avan�ar na uni�o banc�ria. "N�o podemos decidir coisas que depois n�o s�o colocadas em pr�tica nunca", disse. Durante a visita de Letta � Fran�a, os dois pa�ses pediram avan�os na "uni�o banc�ria" e que este seja o tema central da pr�xima c�pula europeia.
A UE deve ter "o mesmo empenho sobre o crescimento que sobre a estabilidade (financeira) da zona do euro", afirmou o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, em coletiva de imprensa conjunta com Letta, em meio a um debate sobre a austeridade impulsionada pela Alemanha.
Dentro do or�amento da UE para o per�odo 2014-2020, Bruxelas previu "uma iniciativa para os jovens" dotada de 6 bilh�es de euros, para as regi�es onde a taxa de desemprego superar 25%. As taxas mais altas de desemprego s�o de tr�s dos pa�ses que receberam ajuda financeira internacional em troca da ado��o de planos de austeridade - Gr�cia, Espanha (ajuda aos bancos) e Portugal -, e n�o se espera que a tend�ncia seja invertida a curto prazo.
Ao aumento do desemprego se soma ao an�ncio na ter�a-feira de uma nova redu��o na infla��o da zona do euro, que se situou em 1,2% na compara��o anual em abril, ap�s registrar 1,8% em fevereiro e 1,7% em mar�o, segundo a Eurostat. A redu��o do ritmo inflacion�rio acrescentou press�o pol�tica para que o Banco Central Europeu (BCE) reduzisse nesta quinta-feira sua taxa b�sica em 0,25%, a 0,5%, em um novo m�nimo hist�rico, a fim de estimular a economia do bloco.