Fracas condi��es no mercado de trabalho e uma prolongada falta do cr�dito para a economia real v�o manter a economia europeia em uma recess�o mais profunda do que o previsto neste ano e limitar�o o crescimento em 2014, afirmou a Comiss�o Europeia, bra�o executivo da Uni�o Europeia, em seu relat�rio semestral de previs�es econ�micas divulgado na manh� desta sexta-feira.
A Comiss�o reduziu sua estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro neste ano de contra��o de 0,3% para contra��o de 0,4% e agora prev� que em 2014 a economia do bloco vai crescer 1,2%. Para a UE como um todo, a proje��o � de contra��o de 0,1% neste ano, em vez da expans�o de 0,1% prevista anteriormente.
O desemprego continuar� em n�veis recordes em todo o continente, com a taxa na UE projetada em 11,1% neste ano e no pr�ximo. Na zona do euro 12,2% da for�a de trabalho estar� sem emprego neste ano e a situa��o vai melhorar pouco em 2014, com um aumento na taxa de desemprego para 12,1%. Gr�cia e Espanha ter�o taxa de desemprego recorde de 27% neste ano, bem diferente do cen�rio na �ustria, onde a taxa � prevista em 4,7%.
A fraqueza econ�mica que afeta o continente h� tr�s anos n�o est� deixando de fora os pa�ses do chamado centro da zona do euro. Mesmo a Alemanha, que � o motor da economia europeia, dever� ter crescimento modesto de 0,4% neste ano, menos do que a expans�o de 0,5% prevista pela Comiss�o Europeia em seu relat�rio anterior. A Fran�a dever� voltar para a recess�o neste ano, com queda de 0,1% no PIB, ao contr�rio do crescimento de 0,1% calculado antes.
Para a It�lia, a terceira maior economia da zona do euro, a previs�o � de contra��o de 1,3% neste ano, mais profunda do que a de 1,0% esperada antes, e crescimento de apenas 0,7% em 2014. O �ltimo pa�s da zona do euro a receber um resgate internacional, o Chipre, dever� perder 8,7% da produ��o econ�mica neste ano, mas a Comiss�o Europeia alertou que a recess�o pode ser ainda maior do que o previsto.
Fam�lias, bancos e empresas excessivamente endividados est�o atuando como freio para a recupera��o econ�mica na Europa, diz o relat�rio, destacando que os pa�ses tamb�m precisam continuar reduzindo as grandes d�vidas.
E, apesar de os "riscos de redenomina��o" - a amea�a de um fim para o euro - terem se dissipado, como afirma o relat�rio, a recupera��o econ�mica lenta e desigual est� sendo prejudicada pelos pa�ses que abandonam as reformas, pelo alto desemprego e pela fragmenta��o do sistema financeiro do bloco. Qualquer surpresa positiva e a esperan�a de um crescimento mais forte no futuro vir�o principalmente do aumento das exporta��es diante do baixo custo da m�o de obra, diz o relat�rio.