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Estado de Minas

Varejo se mostra otimista com pr�ximos meses, diz FGV


postado em 03/05/2013 14:25 / atualizado em 03/05/2013 15:49

Com a expectativa de uma poss�vel normaliza��o das vendas dos bens n�o dur�veis a partir do segundo trimestre, os empres�rios do com�rcio est�o um pouco mais otimistas sobre o desempenho do setor nos pr�ximos meses. � o que indica a sondagem elaborada pela Funda��o Getulio Vargas (FGV) por meio de uma pesquisa com 1,232 mil empresas em abril deste ano. "As expectativas do segmento est�o menos negativas. H� algumas sinaliza��es de que o ambiente est� mudando", afirmou o superintendente adjunto de Ciclos Econ�micos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Aloisio Campelo Junior.

Os dados da sondagem mostram que o com�rcio passou do primeiro trimestre de 2013 para o segundo trimestre do ano com um ritmo ainda mais fraco na compara��o com o ano passado, em raz�o da desacelera��o das vendas dos bens dur�veis com a retomada gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Tanto que o �ndice de Confian�a do Com�rcio (Icom) passou de uma queda de 2,3% no trimestre findo em mar�o para baixa de 2,9% no trimestre encerrado em abril, refletindo o cen�rio atual do setor.

Por�m, olhando para o futuro, os sinais s�o um pouco melhores. Prova disso � que o �ndice de Expectativa passou de uma queda 6,4% no trimestre findo em mar�o deste ano para -5,2% no trimestre encerrado em abril de 2013. Analisada a compara��o mensal, o �ndice passou de -8,9% em mar�o para -1,3% em abril. "Esse parece ser o primeiro sinal significativo de mudan�a de �nimo em rela��o aos meses seguintes, no sentido do setor estar menos pessimista e mais neutro em rela��o ao futuro", afirmou Campelo Junior.

Para o especialista, a acomoda��o da infla��o, a desonera��o dos itens da cesta b�sica e o crescimento da renda da popula��o tendem a recuperar as vendas dos bens n�o dur�veis, o que traz um sinal um pouco melhor para o setor do Com�rcio. "O segmento de bens dur�veis ter� um comportamento mais vol�til", acrescentou. Muito dessa volatilidade se deve �s incertezas sobre a pol�tica de desonera��o fiscal promovida pelo governo. Para o setor de autom�veis, por exemplo, a prorroga��o do IPI reduzido at� o fim do ano teve um efeito positivo nas vendas de ve�culos.

Al�m das incertezas sobre as medidas do governo para incentivar a ind�stria de bens dur�veis, outros fatores que limitam o crescimento desse segmento s�o a retomada do ciclo de alta da taxa de juros e o alto endividamento das fam�lias. "As desonera��es fiscais em 2012 anteciparam o consumo dos bens dur�veis, e as fam�lias ficaram endividadas", explicou Campelo Junior.


A percep��o dos empres�rios para as vendas de materiais para constru��o teve uma melhora. O �ndice da Situa��o Atual (ISA) para este item passou de -12,1% em mar�o para -2,1% em abril. Embora ressalte a import�ncia de se olhar a consist�ncia desse n�mero nos pr�ximos meses, o economista disse que essa melhora pode estar ligada aos investimentos com mobilidade urbana, aos projetos do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e ao pr�prio ciclo de investimentos da constru��o civil, que teve um boom nos �ltimos anos no Pa�s.

Outro indicador que refor�a esse quadro de in�cio de recupera��o do setor � o sobre a tend�ncia das vendas previstas. Segundo a pesquisa, o porcentual dos que acreditam em vendas mais fortes nos pr�ximos meses passou de 45,2% em mar�o para 50,2% em abril. "As expectativas melhoraram. Existe uma percep��o de que, nos pr�ximos meses, as vendas voltar�o a se normalizar. Houve desacelera��o nos �ltimos meses, embora o setor venha mantendo uma taxa de crescimento forte nos �ltimos anos", afirmou Campelo Junior.

Apesar desse cen�rio, o economista n�o trabalha com a expectativa de que o desempenho do setor em 2013 supere o resultado de 2012, em fun��o do ritmo mais lento da atividade no come�o deste ano.


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