O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a infla��o oficial, registrou taxa de 0,55% em abril deste ano. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O resultado � superior ao 0,47% de fevereiro, prova de que os pre�os continuam em alta. Em abril do ano passado, a taxa havia sido 0,64%.
No entanto, pela primeira vez no ano, o IPCA registrou uma taxa de infla��o mensal inferior � observada no mesmo m�s do ano anterior. Em 12 meses, a infla��o oficial acumula taxa de 6,49%. Depois de registrar um �ndice de 6,59% em mar�o, o IPCA acumulado em 12 meses voltou a ficar dentro da meta de governo, que varia de 2,5% a 6,5%. No ano, a infla��o acumulada chega a 2,5%.
Em seis capitais do pa�s, inclusive a capital mineira, o IPCA ficou acima da m�dia nacional (6,49%) e estoura o teto da meta previsto para 2013: Bel�m (9,05%), Fortaleza (8,22%), Recife (7,66%), Salvador (7,32%), Belo Horizonte (6,72%), Goi�nia (6,71%), Rio de Janeiro (6,53%). Em BH, o �ndice fechou abril (0,64%), tamb�m acima da m�dia nacional (0,55%). No ano (2,87%), a infla��o na capital mineira � tamb�m maior do que a m�dia do pa�s (2,50%). Pesquisa divulgada ontem pelo Dieese apontou que os produtos da cesta b�sica que tiveram as maiores altas em abril foram o feij�o (9,18%), a batata (8,24%) e a banana (8,01%).
Rem�dios puxam alta
O aumento de 2,99% no pre�o de rem�dios em abril foi a principal contribui��o para a infla��o de 0,55% medida pelo IPCA do m�s. Eles responderam por quase 20% do total da taxa medida pelo IBGE.
Segundo a coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os pre�os dos rem�dios s�o tradicionalmente reajustados nos meses de abril. No ano passado, a taxa de infla��o dos rem�dios no mesmo m�s havia sido de 1,58%.
Outros itens que tiveram impacto importante na infla��o foram os empregados dom�sticos, com aumento do custo de 1,25%, e refei��o fora de casa, com taxa de 0,92%.
Por outro lado, alguns itens contribu�ram para evitar uma infla��o maior, como a passagem a�rea (varia��o de -9,12%) e a gasolina (-0,41%). Alguns alimentos inclu�dos no decreto de desonera��o da cesta b�sica, de 8 de mar�o deste ano, tamb�m tiveram influ�ncia para evitar uma taxa maior.
Entre os produtos que tiveram desonera��o e redu��o no pre�o em abril est�o: carnes (-1,78%), frango inteiro (-1,92%), frango em peda�os (-1,58%), arroz (-1,87%) e a��car refinado (-4,5%).
“N�o d� para fazer conclus�es seguras sobre o impacto da desonera��o da cesta b�sica na queda dos pre�os desses alimentos, porque outros fatores influenciam no pre�o, como a safra. Mas d� para dizer que houve, sim, algum impacto”, disse Eulina.
Alguns itens tiveram desonera��o mas, ainda assim, registraram aumentos de pre�os, como feij�o carioca (9,44%) e p�o franc�s (0,8%). “A pergunta �: ser� que, se n�o houvesse a desonera��o, esse aumento seria maior?”, questiona Eulina. (Com Ag�ncia Brasil)