A desonera��o da cesta b�sica promovida pelo governo em mar�o teve efeito sobre a infla��o de abril, segundo a coordenadora de �ndices de Pre�os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Eulina Nunes. "Teve impacto, mas a gente n�o tem como contabilizar quanto. A vari�vel de pre�o de um item n�o depende s� do imposto. Outros fatores t�m influ�ncia, como a demanda e a quest�o da safra", afirmou.
Entre os destaques de quedas de itens inclu�dos na lista de desonera��es est�o o a��car refinado (-4,50%), o a��car cristal (-3,41%), o �leo de soja (-2,87%) e o frango inteiro (-1,92%). Os produtos in natura, que puxaram a infla��o em meses anteriores, continuam em alta, embora j� n�o influenciem tanto o �ndice. O pre�o do tomate subiu 7,39%, ante varia��o de 6,14%. Em 12 meses, o tomate registra alta de 149,69%.
O grupo Alimenta��o subiu 13,44% em 12 meses e 5,65% no acumulado no ano. Esta �ltima taxa supera a do IPCA no ano, de 2 50%. Entre os motivos para a eleva��o dos alimentos est� o crescimento da demanda, a concentra��o da safra em itens como soja, milho e arroz e o encarecimento da log�stica no pa�s.
A infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,55% em abril, ante 0,47% em mar�o. No ano, o IPCA acumula alta de 2,50% e, em 12 meses, de 6,49%. Desta forma, o IPCA voltou ao intervalo perseguido pelo Banco Central, de 2,5% a 6,5%, sendo o centro da meta 4,5%.
Em 12 meses, at� abril, a infla��o segundo o IPCA voltou a ficar dentro do intervalo da meta (de 2,5% a 6,5%), por causa da sa�da do c�lculo da taxa de 0,64% de abril de 2012 e entrada da taxa de 0,55% em abril de 2013.
No entanto, comparando a taxa em 12 meses registrada em abril do ano passado, de 5,10%, com a deste ano, o �ndice de pre�os alcan�ou "outro n�vel de infla��o", afirmou Eulina. A principal contribui��o partiu do grupo alimenta��o, cujo impacto positivo foi de 3,44 pontos porcentuais.