O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio, Fernando Pimentel, disse que a elei��o do embaixador Roberto Azev�do para a dire��o-geral da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC) n�o muda nada para o Brasil em rela��o �s cr�ticas de protecionismo dirigidas ao Pa�s. "As cr�ticas ao Brasil s�o improcedentes e o Brasil nunca foi condenado pela OMC. O Brasil � um dos pa�ses que mais segue as normas da organiza��o", declarou Pimentel ao deixar o Itamaraty, depois de participar de almo�o com a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Egito, Mohamed Morsi.
Para o ministro, "protecionismo � um conceito que � utilizado pelos pa�ses desenvolvidos quando querem entrar nos mercados dos outros pa�ses". E emendou: "n�s j� conhecemos este jogo e isso n�o nos atemoriza". Segundo o ministro Pimentel, a chegada do brasileiro Roberto Azev�do � dire��o do �rg�o n�o altera nada, j� que ele n�o favorecer� o Brasil ou qualquer outro pa�s porque tem de agir com imparcialidade. "Basicamente n�o muda na nada na OMC. O Roberto Azevedo ser� neutro porque ser� diretor geral da OMC, j� que n�o poder� ter posi��o a favor ou contra nenhum pa�s", declarou Pimentel.
Em sua primeira entrevista ap�s ser eleito, Azev�do fez um alerta sobre a "amea�a do protecionismo" e advertiu que a OMC precisa se atualizar para continuar relevante. Ele disse ainda que o protecionismo � "generalizado" e que vai lutar contra ele.
A presidente Dilma Rousseff n�o quis fazer coment�rios sobre a elei��o de Azev�do. No entanto, nesta quarta-feira ao ser questionada por jornalista sobre a elei��o do brasileiro para a OMC, enquanto aguardava Morsi, fez sinal positivo com a m�o.
Batalha
O ministro da Defesa e ex-ministro das Rela��es Exteriores, Celso Amorim, disse que o processo de escolha de Azev�do para a OMC foi "uma batalha". "� bom comemorarmos no Dia da Vit�ria mais uma vit�ria do Brasil. N�o foi uma guerra, mas foi uma batalha diplom�tica. Fui duas vezes ministro da OMC, fui ministro esses anos. Sabemos que � muito dif�cil. Acho que os pa�ses quiseram dizer que �, sim, uma organiza��o para o livre com�rcio, mas tamb�m � uma organiza��o para o desenvolvimento e por uma vis�o mais justa do com�rcio internacional", declarou Amorim. O ministro participou no Rio de uma solenidade em comemora��o pelo anivers�rio da vit�ria dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.
Para o ministro, a vit�ria do Brasil � um indicativo dos pa�ses que votaram em Azev�do em favor do multilateralismo comercial. "� um sinal de que o multilateralismo conta, quando se v� tanta gente dizendo que o Brasil devia estar fazendo acordos bilaterais. Tenho muito respeito pelo candidato que perdeu a elei��o (o mexicano Herm�nio Blanco, apoiado pelos Estados Unidos e pela Europa), mas ele simbolizava justamente esses acordos parciais e o Roberto Azev�do simboliza em grande medida a dedica��o do Brasil ao sistema multilateral", afirmou o ministro.