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Estado de Minas

S� mudan�a na taxa de retorno das concess�es de rodovias n�o atrai investidor


postado em 09/05/2013 07:46 / atualizado em 09/05/2013 10:22

O recuo do governo na revis�o da taxa de retorno das concess�es rodovi�rias, de 5,5% para 7,2%, n�o foi suficiente para convencer a iniciativa privada da atratividade do neg�cio. Alguns esperavam um aumento maior, para 10%. Outros ainda querem fazer as contas e avaliar as condi��es do edital e as premissas de financiamento para saber se o projeto fica ou n�o de p�. “De qualquer forma foi um primeiro passo. Mas s� a taxa de retorno n�o define a atratividade de um projeto”, afirmou o executivo de um grande grupo investidor.

A concess�o dos 7.500 quil�metros de rodovias que v�o a leil�o, possivelmente no segundo semestre, � considerada arriscada do ponto de vista de execu��o das obras de recupera��o e duplica��o. S�o trechos longos, que exigem uma mobiliza��o grande de pessoal por toda a extens�o. Al�m disso, o cen�rio de infla��o elevada e juros com vi�s de alta (a Selic est� em 7,5% ao ano) exige ainda mais cuidado do investidor, afirma o presidente da Associa��o Paulista de Empres�rios de Obras P�blicas (Apeop), Luciano Amadio, que esperava uma taxa de 10%.

Com o ac�mulo dos investimentos nos primeiros cinco anos de concess�o, h� um temor de que possa haver press�o inflacion�ria sobre os principais insumos, como concreto, asfalto e cimento. Mudan�as nesses custos podem comprometer todo o plano de neg�cio e afetar a rentabilidade do empreendimento.


A CCR, um dos maiores grupos de concess�es rodovi�rias do Pa�s, inclui na lista de riscos que podem melhorar ou piorar a atratividade das concess�es outras vari�veis, como valor do investimento, custo operacional, previs�o de tr�fego e demanda, regra de licita��o e as condi��es da minuta do contrato de concess�o. Para ela, esses fatores contam tanto na viabilidade do neg�cio como a taxa de retorno.

Na avalia��o da empresa, os 7,2% anunciados pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, ontem, ficou aqu�m da taxa ideal, que refletiria todos os tipos de riscos inerentes do neg�cio. Nos c�lculos do presidente do Sindicato Nacional da Ind�stria da Constru��o Pesada, (Sinicon), Rodolpho Tourinho Neto, a taxa de retorno tamb�m deveria ser um pouco maior: em torno de 8%.

O executivo participou do encontro desta quarta-feira, que contou com a presen�a do ministro da Fazenda, Guido Mantega, do secret�rio do Tesouro, Arno Augustin, e das seis maiores empresas concession�rias do Pa�s. “No nosso entendimento, a taxa antiga n�o cobria os riscos das opera��es”, afirmou ele, para quem os debates promovidos com o governo sobre o reajuste da taxa foram “proveitosos”. O banco de investimentos Credit Suisse tamb�m entendeu que o aumento da taxa de retorno das concess�es rodovi�rias mostra que o governo federal mudou sua mentalidade sobre participa��o do setor privado nos investimentos em infraestrutura.

Mas, como CCR e outros investidores, alerta para a necessidade de avan�ar em outros pontos importantes. Para o banco, a exig�ncia de fazer a maior parte dos investimentos nos primeiros cinco anos de concess�o tem sido o maior receio do setor privado. A regra estabelecida pelo governo na �poca do an�ncio do pacote log�stico � uma tentativa de evitar atrasos como os que ocorreram com as �ltimas concess�es feitas.
O Estado de S. Paulo.


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