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Estado de Minas

Brasileiro na OMC n�o � not�cia promissora, diz jornal brit�nico "Financial Times"


postado em 09/05/2013 09:07 / atualizado em 09/05/2013 09:28

O jornal brit�nico "Financial Times" n�o esconde ter algumas reservas com a elei��o do embaixador brasileiro Roberto Azev�do para a dire��o da Organiza��o Mundial do Com�rcio (OMC). Em editorial publicado nesta quinta-feira, 9, o jornal diz que, � primeira vista, ter um brasileiro no comando da institui��o "n�o parece promissor" porque o Brasil tem adotado medidas no caminho do protecionismo e que, diante disso, o diplomata precisa provar que � "dono de si".

Com o t�tulo "Uma oportuna chance de reavivar o com�rcio mundial", o editorial reconhece que a elei��o de Azev�do � "indubitavelmente" resultado de uma a��o diplom�tica mais forte do Brasil. "Sob a presid�ncia de Dilma Rousseff, o gigante latino-americano continua a tentar construir uma reputa��o como um mediador-chefe do mundo, colocando seus candidatos no topo de organismos multilaterais. A escolha do senhor Azev�do segue a nomea��o de Jos� Graziano da Silva como diretor-geral da Organiza��o para a Agricultura e Alimenta��o da ONU em 2010", diz o texto.

Os elogios, por�m, terminam a�. "� primeira vista, a nomea��o de um brasileiro no comando da OMC n�o parece promissora. O Brasil n�o � um campe�o de livre com�rcio. O Mercosul, o pacto regional que o Brasil ajudou a criar, tem falhado. Em 2011, o Brasil submeteu � OMC a retalia��o contra os pa�ses envolvidos em pol�ticas monet�rias afrouxadas - um passo protecionista", cita o texto.

Diante dessa estrat�gia brasileira, o editorial diz que o diplomata precisa mostrar que defender� ideias pr�prias - e n�o apenas as brasileiras. "O senhor Azev�do precisa provar que � dono de si. Sua experi�ncia como diplomata e negociador na OMC pode ser �til para reviver as negocia��es multilaterais. O forte apoio que obteve entre os representantes dos pa�ses em desenvolvimento o faz adequado para diminuir a divis�o norte-sul que tem impedido os acordos multilaterais", diz o texto.


"A quest�o mais dif�cil � saber se a elei��o de Azev�do pode reviver as gl�rias de uma organiza��o que est� lutando para manter sua influ�ncia", cita o editorial, ao argumentar que "diverg�ncias profundas entre na��es importantes fizeram com que o grupo sediado em Genebra tenha sido incapaz de avan�ar com acordos multilaterais". "A Rodada Doha, que come�ou em 2001, est� morta", diz o editorial, citando que a OMC parece ausente, j� que o com�rcio global cresceu apenas 2% no ano passado, o segundo pior ano desde 1981 e menos que o crescimento do PIB mundial.

"O diplomata brasileiro precisa ser pragm�tico. � melhor come�ar com a��es menos ambiciosas, tais como as medidas de facilita��o do com�rcio, que s�o mais f�ceis de terem apoio", diz o text,o que lembra que o primeiro grande teste de Azev�do ser� na reuni�o da OMC em Bali, programada para dezembro.


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