O volume financeiro de portabilidade movimentado pelos planos de previd�ncia aberta complementar cresceu 70% no primeiro trimestre, totalizando R$ 297,5 milh�es, conforme dados da Federa��o Nacional de Previd�ncia Privada e Vida (FenaPrevi) obtidos pelo Broadcast. Embora o n�mero de pedidos de troca tenha sido 2,25% menor, a quantidade de opera��es liquidadas, 5.372, aumentou quase 49% no per�odo.
A principal explica��o para o crescimento expressivo da portabilidade nos planos �, conforme Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi e diretor superintendente da Ita� Vida e Previd�ncia, o risco retorno. "Se o plano cobra uma taxa de administra��o maior, mas entrega uma rentabilidade melhor, o cidad�o est� satisfeito", atenta ele.
A portabilidade privilegia os planos que entregam mais rentabilidade, oferecem melhores servi�os e op��es de diversifica��o de aloca��o de ativos, conforme Nascimento. "O maior ganho que o cidad�o teve da ind�stria de previd�ncia foi a regulamenta��o da portabilidade (em 2001). Seu foco foi criar a competi��o no mercado", avalia ele.
Como neste cen�rio de juros real baixo, adverte ele, o mercado de previd�ncia complementar aberta passa por um per�odo de transforma��o, cresce o n�mero de op��es de planos e, consequentemente, a portabilidade. Neste contexto, as estrat�gias de aloca��o dos planos tendem a ficar mais claras para os benefici�rios, permitindo que eles tenham mais conhecimento no momento de escolher por um plano.
O crescimento da portabilidade entre planos de previd�ncia � uma tend�ncia positiva e que, conforme o presidente da FenaPrevi, deve crescer, gerando uma din�mica competitiva e fundamental para o setor de previd�ncia.
Nos �ltimos cinco anos, esse cen�rio tem prevalecido, conforme mostram os dados compilados pela FenaPrevi. Depois de crescer 32,3% entre 2010 e 2011, o volume financeiro movimentado em portabilidades por planos no ano passado avan�ou mais de 48%, alcan�ando o patamar de R$ 5,7 bilh�es.
Na quest�o das taxas de administra��o, Nascimento lembra que esses custos no Brasil j� s�o compar�veis aos vistos no Chile, M�xico e at� mesmo nos Estados Unidos. Conforme ele, as taxas est�o ligadas a volume e variam hoje de 0,7% a 2,5%, dependendo da estrat�gia de aloca��o de recursos do plano. "Alguns planos (que exigem menor aporte de recursos) n�o t�m jeito, se o mercado n�o cobrar, n�o � poss�vel mant�-los, pois o custo no Brasil � muito alto quando o volume � menor. O mercado preferiu dar acesso �s classes C e D. O pa�s ter� de ter paci�ncia para permitir essa inclus�o social",
O foco do setor de previd�ncia, conforme Nascimento, � deixar as taxas cobradas transparentes para os cidad�os. Para ele, estes custos ca�ram bastante desde a redu��o dos juros e j� est�o num patamar razo�vel. Mas, destaca: "Diante dos planos de previd�ncia que cobram uma taxa menor com retorno � altura dos demais, a concorr�ncia perde se n�o baixar a taxa", conclui.