O vencimento de R$ 51,1 bilh�es em pap�is prefixados – com taxa de juros definida no momento da emiss�o – fez a composi��o da D�vida P�blica Federal (DPF) apresentar leve piora em abril. Segundo n�meros divulgados h� pouco pelo Tesouro Nacional, a participa��o desses pap�is na d�vida interna caiu de 39,87% em mar�o para 38,93% no m�s passado.
A fatia dos t�tulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros b�sicos da economia), aumentou um pouco, de 21,6% para 22%. A participa��o dos t�tulos corrigidos pela infla��o, no entanto, registrou a maior alta, passando de 37,94% para 38,51%, no maior n�vel desde o in�cio da s�rie hist�rica, em 1997.
A parcela da d�vida interna vinculada ao c�mbio ficou praticamente est�vel, oscilando de 0,59% em mar�o para 0,57% em abril. Esses n�meros levam em conta as opera��es de swap pelo Banco Central, que equivalem a opera��es de compra ou venda de d�lar no mercado futuro e t�m impacto na d�vida p�blica.
Com taxas definidas antecipadamente, os t�tulos prefixados s�o prefer�veis para o Tesouro Nacional porque d�o maior previsibilidade � administra��o da d�vida p�blica. Em contrapartida, os pap�is vinculados � Selic representam mais risco porque pressionam a d�vida para cima, caso o Banco Central tenha de reajustar os juros b�sicos por causa da infla��o.
De acordo com o Tesouro Nacional, vencimentos expressivos de t�tulos prefixados s�o t�picos do primeiro m�s de cada trimestre (janeiro, abril, julho e outubro). Nesses meses, a composi��o da d�vida p�blica costuma piorar. No entanto, diz o Tesouro, a tend�ncia � que a participa��o de prefixados volte a subir e que a fatia da d�vida interna corrigida pela Selic caia nos pr�ximos meses.
O prazo m�dio da DPF subiu de 4,18 anos, em mar�o, para 4,22 anos, em abril. O Tesouro Nacional n�o divulga o resultado em meses, apenas em anos. A participa��o dos vencimentos nos pr�ximos 12 meses caiu de 26,33% para 26,21%. Prazos mais longos s�o favor�veis ao Tesouro porque d�o ao governo mais tempo para planejar e executar as opera��es de rolagem (renegocia��o) da d�vida p�blica.
Depois de bater recorde em mar�o, a participa��o dos estrangeiros na d�vida interna teve leve queda no m�s passado. A fatia da d�vida mobili�ria interna – em t�tulos – nas m�os de n�o residentes caiu para 14,6% (R$ 269,44 bilh�es) em abril, contra 14,8% (R$ 273,32 bilh�es) registrados no m�s anterior.
Por meio da d�vida p�blica, o governo pega emprestado dos investidores recursos para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma corre��o, que pode ser definida com anteced�ncia, no caso dos t�tulos prefixados, ou seguir a varia��o da taxa Selic, da infla��o ou do c�mbio.