A conjuntura econ�mica menos promissora e os altos pre�os do querosene de avia��o levaram a Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear) a revisar para baixo as proje��es de crescimento da demanda por transporte a�reo neste ano. Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, diz que a expectativa agora � de um aumento de 7% e n�o mais de 9%, como estimado no in�cio do ano. "As duas maiores empresas est�o fazendo ajustes, na medida em que n�o conseguiram equalizar os custos de combust�vel e isso gera impacto no processo de crescimento da demanda", disse.
Ele lembrou dados divulgados no in�cio deste m�s pela Associa��o Internacional de Transporte A�reo (Iata, na sigla em ingl�s) que apontaram que o custo do querosene de avia��o no Brasil est� 30% maior do que na m�dia mundial, uma vez que os gastos com o combust�vel respondem por 43% dos custos das a�reas no Brasil, enquanto na m�dia internacional esse porcentual � de 33%.
Tendo em vista a redu��o da oferta, o crescimento da demanda ainda deve permitir um crescimento da taxa de ocupa��o das companhias, segundo sinalizou o executivo. "Ao final deste ano, vamos ter uma taxa de ocupa��o superior a 2012. (...) Vai ser maior na raz�o direta do comportamento do PIB", disse. Ele afirmou seguir acreditando que o PIB vai bater 3% neste ano.
Querosene
O presidente da Abear tamb�m defendeu a elabora��o de uma pol�tica nacional para o querosene de avia��o, englobando produ��o, distribui��o e tarifa��o do combust�vel, o que geraria impacto no custo final para o consumidor. "O querosene de avia��o � um insumo estrat�gico para o desenvolvimento regional, na medida em que este � um pa�s continental, em que muitas conex�es s�o feitas de avi�o, por isso, este insumo merece aten��o", defendeu. Segundo ele, a proposta foi discutida nesta semana, em reuni�o com congressistas, em Bras�lia.
J� a defesa em torno da redu��o do ICMS, outra bandeira da Abear, passou a ser feita de maneira mais parcimoniosa, tendo em vista o atual momento do tema, com a retirada de projeto de lei sobre o imposto do Congresso. Embora a Abear siga buscando a redu��o da al�quota sobre o querosene de avia��o, n�o est�, atualmente, em discuss�o com nenhum governo neste sentido.
Ele comentou, por�m, que o ICMS sobre o combust�vel varia entre 12% e 25% no Pa�s, frente � m�dia mundial de quase 5% e salientou que ap�s a redu��o do ICMS no Distrito Federal de 25% para 12,5%, anunciada no m�s passado, j� houve an�ncio de 56 novos voos para Bras�lia, entre frequ�ncias retomadas e voos extras por causa de f�rias e feriados. "(Com essa redu��o) a competitividade se coloca de outra forma para o concession�rio do aeroporto, que tamb�m come�a ver de outra forma seu neg�cio", comentou.