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Estado de Minas

Sal�rios ignoram a crise e crescem em Minas

Entre 2008 e 2011, renda dos trabalhadores teve ganho real de 10,7% em Minas e de 8,7% no pa�s. Apesar do avan�o, remunera��o m�dia no estado � a 18� no ranking nacional


postado em 25/05/2013 06:00 / atualizado em 25/05/2013 07:10

Os sal�rios pagos pelas empresas e outras organiza��es formais da economia em Minas Gerais, incluindo o setor p�blico, os s�cios e donos do neg�cio pr�prio, cresceram a um ritmo superior ao da expans�o das vagas nos �ltimos quatro anos at� 2011, superando a m�dia nacional. Ainda assim, o estado paga uma das piores remunera��es, tamb�m na m�dia dos vencimentos dos trabalhadores ocupados com carteira de trabalho, entre as maiores unidades da federa��o.

Segundo os dados do Cadastro Central de Empresas feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o sal�rio m�dio mensal subiu 10,7% em Minas e 8,7% no Brasil entre 2008 – in�cio da crise mundial – e 2011, descontada a infla��o. A remunera��o no estado, entretanto, correspondia a 2,8 sal�rios m�nimos de 2011, o equivalente a R$ 1.524,09, com base no m�nimo de R$ 544,32, na m�dia daquele ano, enquanto o vencimento somava 3,3 m�nimos (R$ 1.792,61) no pa�s. Minas ficou na 18ª posi��o do ranking nacional do sal�rio m�dio mensal, s� ganhando de estados do Norte, Nordeste e Goi�s, embora seja o terceiro na gera��o de produtos e servi�os medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) e tenha dado contribui��o de destaque na gera��o de empregos.

De acordo com o levantamento do IBGE, Minas foi o estado com o segundo maior saldo em 2011 de pessoal ocupado, que cresceu 9,5% no per�odo analisado. S�o Paulo ficou na lideran�a, apresentando alta de 25,6%, e o Rio de Janeiro ficou em terceiro, com expans�o de 9,3%. A boa not�cia em Minas, de acordo com o analista do instituto em Minas Ant�nio Braz de Oliveira e Silva, � que as atividades econ�micas caracter�sticas mineiras s�o mais intensivas em m�o de obra. “Para gerar o terceiro PIB do pa�s (de R$ 351,381 bilh�es em 2010, �ltimo dado dispon�vel), Minas ocupa mais m�o de obra”, afirma. De outro lado, o estado convive com atividades desenvolvidas em regi�es muito pobres de �reas rurais, como o Norte do estado e o Vale do Jequitinhonha, onde h� m�o de obra de baixa qualifica��o, o que acaba afetando a efici�ncia da produ��o.

Para Guilherme Veloso Le�o, gerente de estudos econ�micos da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (FIemg), o forte crescimento do sal�rio m�dio no estado reflete a pr�pria expans�o do emprego sobretudo na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. “� uma das �reas metropolitanas onde � menor o �ndice de desemprego (de 4,2% em abril, ante 5,8% na m�dia nacional, de acordo com o IBGE), e isso gera press�o sobre a m�o de obra dispon�vel. Para conseguir manter o trabalhador, as empresas t�m de oferecer sal�rios melhores”, afirma.

O problema para as empresas est� num avan�o maior dos sal�rios em rela��o ao da produtividade, ou seja, a produ��o gerada por hora trabalhada pelo empregado. A queda da produtividade da ind�stria, hoje, est� mais ligada � redu��o da produ��o, ante os efeitos da crise financeira mundial sobre a economia brasileira, mas o fen�meno pode retratar outros fatores, como a defasagem tecnol�gica do parque industrial e a baixa qualifica��o da m�o de obra, observa Guilherme Le�o, da Fiemg.


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