A varia��o do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2013, com um crescimento de apenas 0,6% em rela��o aos �ltimos tr�s meses de 2012, soma-se � lista de fatores que j� contribuem para afastar os investimentos na economia brasileira. � o que avaliou para o Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado, o economista-chefe do Banco Fator, Jos� Francisco Lima Gon�alves.
Para ele, a abertura das contas do PIB mostra algumas rubricas em expans�o, como a Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF), que cresceu 4,6% no primeiro trimestre em rela��o a igual per�odo do ano passado, e o PIB agropecu�rio, com expans�o de 9,7% nos tr~es primeiros meses do ano em rela��o ao quarto trimestre de 2012, mas o consumo da fam�lias, para o qual o investidor olha de fato, teve mau desempenho.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o consumo das fam�lias, pela �tica da demanda, cresceu apenas 0,1% no primeiro trimestre comparativamente ao quarto do ano passado. "Para o investidor colocar dinheiro na economia, o que importa � se o consumo est� crescendo", reiterou o economista do Fator.
Lima Gon�alves esperava que o consumo das fam�lias fosse crescer 0,3%. "J� era uma previs�o fraca, mas o resultado n�o era para ser 0,1%. A contrapartida do consumo pela �tica da oferta n�o est� na agricultura nem na ind�stria, que foram bem, mas no setor de servi�os, que desacelerou", ponderou, referindo-se � varia��o de apenas 0,5% deste segmento na margem.
Sobre a expressiva expans�o do PIB agropecu�rio, de 9,7% na margem, o economista avalia o crescimento se deu mais sobre um aumento da quantidade. De acordo com Lima Gon�alves, quem defende o discurso de que a infla��o acelera na esteira da demanda crescente precisa rever a posi��o. "N�o � que a economia vai mal, mas ela continua mostrando sinais de fraqueza", diagnostica. Ele disse ainda que, com o resultado do PIB do primeiro trimestre, o aumento da Selic hoje pelo Copom est� mais para 0,25 ponto porcentual do que para 0,50 ponto.