A diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, v� sinais de enfraquecimento da economia mundial nos meses recentes e uma perda de ritmo de expans�o das economias emergentes. No caso de Brasil e outros pa�ses como �ndia, R�ssia e �frica do Sul, ela afirmou que as perspectivas de investimento parecem agora menos brilhantes.
Passado pouco mais de um m�s da reuni�o de primavera do FMI, em Washington, Lagarde frisou que os riscos para puxar para baixo a expans�o da economia mundial permanecem mais proeminentes do que nunca e que a economia mundial continua se expandindo em tr�s velocidades. "A mensagem central � que os governos precisam implementar pol�ticas fortes para impedir a economia global de ficar mais fraca."
A primeira velocidade � formada pelo grupo onde est�o os pa�ses emergentes, crescendo em ritmo maior, embora com sinais recentes de perda de brilho das economias. Na segunda velocidade est�o economias que se recuperam, como os Estados Unidos. Lagarde ressaltou que apenas o corte autom�tico de gastos p�blicos deve custar 0,5 ponto porcentual da expans�o da economia norte-americana.
No terceiro grupo est�o os pa�ses que devem ter retra��o econ�mica, sobretudo a zona do euro. Sobre o Jap�o, Lagarde destacou que a economia do pa�s parece mais forte neste momento. O FMI projeta expans�o de 3,3% para a economia mundial em 2013.
Sobre as pol�ticas monet�rias n�o convencionais dos bancos centrais dos pa�ses desenvolvidos, Lagarde afirmou que devem prosseguir. Para a executiva, o mais dif�cil para os bancos centrais ser� a sa�da dessas pol�ticas. Quanto mais duradouras forem as estrat�gias e mais expostos os balan�os dos BCs ficarem mais complicado ser� a sa�da dessas pol�ticas. Este, ali�s, � o tema do momento nos Estados Unidos, com o temor de que o Federal Reserve (Fed) mude sua pol�tica de compras mensais de ativos usada para estimular a economia.
Lagarde disse que essas pol�ticas tiveram v�rios efeitos, como aumentar os fluxos internacionais de capital notadamente para Am�rica Latina e �sia. Por outro lado, essas pol�ticas ajudaram a restabelecer o funcionamento dos mercados financeiros e ajudaram a estimular o crescimento econ�mico, embora os efeitos neste �ltimo caso, frisou a dirigente do FMI, sejam mais dif�ceis de quantificar.
Ainda sobre o tema, ela salientou que n�o se pode exigir muito das pol�ticas monet�rias para restabelecer o crescimento nos pa�ses desenvolvidos e esquecer os ajustes fiscais e reformas que precisam ser feitas na economia global. "Os governos n�o devem se esconder atr�s destas pol�ticas para n�o fazer o que eles precisam fazer."
Lagarde participou nesta ter�a-feira, 4, de uma conversa com os economistas do Brookings Institute, um centro de pesquisas econ�micas e pol�ticas em Washington. O vice-presidente e diretor do instituto, Kemal Dervis, foi o mediador do encontro, transmitido pela internet.