O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta quarta-feira, 5, n�o saber se a queda do d�lar verificada na abertura do mercado de c�mbio nesta manh� j� � resultado da elimina��o do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) sobre as aplica��es de capital estrangeiro em renda fixa. O imposto, antes de 6%, foi zerado pelo governo e passa a valer j� a partir desta quarta. "A medida � de longo prazo e n�o para ter efeito imediato", disse o ministro.
O d�lar no mercado � vista abriu nesta quarta-feira, 5, em forte queda, cotado a R$ 2,0950, recuo de 1,97%, no balc�o. Analistas do mercado de c�mbio avaliaram a queda como uma rea��o � redu��o do IOF, uma vez que, segundo eles, a medida refor�a a perspectiva de um aumento de ingresso de recursos estrangeiros no Pa�s.
Mantega, no entanto, negou que o objetivo da medida seja desvalorizar o d�lar ante o real. "Queremos deixar livre para aplica��es em renda fixa como t�tulos do governo brasileiro. Na verdade, j� havia aplica��es, mas n�s t�nhamos diminu�do muito a sua rentabilidade com o IOF de 6%. Hoje, n�o faz mais sentido porque n�o h� mais todo esse fluxo", disse.
O ministro acrescentou que a rentabilidade das aplica��es de renda fixa tamb�m caiu porque a taxa de juros � diferente da �poca em que o governo elevou o IOF, em outubro de 2010. Mantega tamb�m negou que o Tesouro esteja com dificuldades para vender seus pap�is a investidores estrangeiros. "Estamos financiando muito bem a d�vida brasileira, com tranquilidade e n�o tem essa preocupa��o".
Infla��o
Mantega tamb�m negou que a retirada do IOF para os investimentos estrangeiros em renda fixa vise combater a infla��o, at� porque, segundo o ministro, ela sair� de pauta porque caminha para patamares cada vez menores. "� bom que se diga que a infla��o est� caindo. O pre�o dos alimentos est� caindo. A safra come�ou. Ent�o daqui para a frente a infla��o ser� cada vez menor e n�o h� essa preocupa��o", completou.