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Estado de Minas

PIB de Minas recua 1,2% no 1� trimestre

Economia do estado tem a primeira retra��o desde o in�cio da crise mundial e fica atr�s da nacional, que cresceu 0,6%


postado em 12/06/2013 06:00 / atualizado em 12/06/2013 07:30

A economia andou de marcha � r� em Minas Gerais no primeiro trimestre, enfrentando queda de 1,2% frente ao per�odo de outubro a dezembro de 2012, como reflexo do verdadeiro inferno astral da produ��o de bens e servi�os do estado, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB). Foi a primeira taxa trimestral negativa apurada pela Funda��o Jo�o Pinheiro nos �ltimos quatro anos, desde o come�o de 2009, quando a crise financeira mundial batia �s portas das empresas. De janeiro a mar�o daquele ano, o PIB de Minas encolheu 5,2%. O resultado de 2013 interrompeu uma s�rie de indicadores superiores � m�dia nacional, j� que o PIB do Brasil cresceu no primeiro trimestre, embora modestos 0,6%.

De uma s� vez, o PIB mineiro sofreu com a retra��o de 7,2% da minera��o de ferro, setor que tem grande peso na atividade econ�mica estadual, e o mau desempenho generalizado da ind�stria, especialmente de segmentos que contribuem mais para a economia de Minas que a do Brasil. O ritmo das f�bricas acabou recuando 5,2%. Como se n�o bastassem as m�s not�cias, houve corte de 9,4% na distribui��o de energia el�trica, devido � redu��o do n�vel de armazenamento de �gua no reservat�rio do lago de Furnas, no Sul de Minas. O estado tamb�m n�o p�de contar com o agroneg�cio, que salvou o pa�s no primeiro trimestre, uma vez que o segmento registrou diminui��o de 0,2%, em consequ�ncia das perdas nas lavouras do feij�o, atacadas pela praga da mosca-branca.

Alguns fatores conjunturais, como as f�rias coletivas que a ind�stria automotiva adiou para o in�cio de 2013, ajudam a explicar o encolhimento da economia, lembrou Thiago Rafael Corr�a de Almeida, especialista em pol�ticas p�blicas e gest�o governamental da Funda��o Jo�o Pinheiro. A produ��o mineira de autom�veis caiu 14,8% em rela��o ao trimestre anterior. Na compara��o dos �ltimos 12 meses terminados no primeiro trimestre, Minas cresceu 1,9%, menor taxa desde 0,3% na mesma base do primeiro trimestre de 2010. “Esper�vamos que houvesse uma retra��o do PIB de Minas, mas a magnitude dos n�meros nos pegou de surpresa no trimestre”, afirmou.

As empresas de presta��o de servi�os encerraram o trimestre com ligeira evolu��o de 0,5%, impulsionada pela recupera��o das vendas do com�rcio, de 1%. O transporte acompanhou a queda da produ��o industrial, encolhendo 1,7%, por conta da movimenta��o menor de cargas industriais, a exemplo do min�rio de ferro, e de produtos agr�colas. A crise na Europa, a desacelera��o americana e da China j� vinham sacrificando a produ��o industrial mineira, sobretudo de bens minerais e produtos sider�rgicos. A metalurgia b�sica refletiu o cen�rio desfavor�vel no trimestre, com retra��o de 7%. O resultado j� era esperado pelo presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado J�nior, que classificou de preocupante o comportamento do PIB estadual. “� um sinal amarelo que se acende, porque pode se tornar tend�ncia. Diria que uma raz�o para cautela, n�o desespero”, disse.

Para a ind�stria da minera��o, 2013 j� configura ambiente de pre�os baixos das commodities (bens minerais e met�licos cotados no mercado internacional), combinados � indefini��es sobre como ser� o novo marco regulat�rio do setor e as dificuldades que as empresas t�m encontrado para obter licen�as ambientais, observa o presidente do Instituto Brasileiro de Minera��o (Ibram), Jos� Fernando Coura. “Se os programas de concess�es na �rea de infraestrutura deslancharem, parte da ind�stria da minera��o est� pronta para ser fornecedora, o que pode salvar alguns dos resultados no ano que vem”, afirma.

Mas Thiago Almeida destaca os sinais de recupera��o da produ��o da ind�stria de Minas em abril, que cresceu 2,8% ante mar�o, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Outro indicador favor�vel est� na melhora de desempenho dos fabricantes de m�quinas e equipamentos, que registraram expans�o de 36% no primeiro trimestre, comparado aos tr�s meses anteriores, na s�rie de dados sem ajuste sazonal.


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