O Banco do Brasil (BB) prev� um crescimento de 100% da carteira de financiamento de projetos de infraestrutura neste ano. Em cinco anos, o BB projeta que se consolidar� como o principal banco do Pa�s financiador das grandes obras de portos, rodovias, ferrovias, energia, saneamento, �leo e g�s, telecomunica��es, aeroportos, armazenagem, mobilidade urbana, ind�stria naval e irriga��o, totalizando uma carteira de R$ 150,1 bilh�es no fim de 2018. Uma expans�o de 213% em rela��o ao final de 2012.
Os novos n�meros do banco indicam que o cr�dito para a infraestrutura fechar� 2013 em R$ 93,7 bilh�es. At� o fim de maio, a carteira do Banco do Brasil nessa �rea subiu para R$ 60 7 bilh�es, com um crescimento de 27% nos primeiros cinco meses do ano. A expectativa � acelerar o ritmo no segundo semestre, quando se espera que os entraves para o desenho do financiamento dos projetos de concess�o estejam superados e o programa ganhe definitivamente a rua.
“O Banco do Brasil ser� o grande ator no financiamento da infraestrutura do Pa�s”, aposta Paulo Caffarelli, vice-presidente de Atacado, Neg�cios Internacionais e Private Bank. � frente de um time de 86 especialistas, que mapeou nos �ltimos meses todas as oportunidades de neg�cios de infraestrutura programados para os pr�ximos anos, Caffarelli afirma que essa “tropa de elite” que o banco montou nos �ltimos anos vai levar o Banco do Brasil em pouco tempo � lideran�a na �rea.
T�tica
Uma das armas do Banco do Brasil � garantir agilidade e um bom desenho da modelagem dos projetos de financiamento, chamados de Project Finance. Sem fazer compara��es com o BNDES, o executivo se diz confiante na capacidade do banco de chegar � lideran�a e alcan�ar as metas previstas, que incluem abocanhar R$ 106,75 bilh�es do total de R$ 322,07 bilh�es previstos em projetos de infraestrutura.
Essa conta n�o leva em considera��o os projetos de concess�es e habita��o nem os investimentos em �leo e g�s. No topo desses investimentos, est�o as ferrovias (17,9%) e portos (17,2%), mobilidade urbana e saneamento (16,3%), energia el�trica (14,4%) e rodovias (10,7%).
“Para participar deste momento, o banco precisou rever sua pr�pria estrutura”, afirma. Segundo Caffarelli, o banco conseguiu se adaptar � nova realidade e acompanha semanalmente a evolu��o do planejamento, com grupos de especialistas em 17 �reas. Um f�rum permanente de infraestrutura tamb�m foi criado.
Mercado de capitais
Al�m do financiamento direto, o Banco do Brasil conta em ampliar a participa��o na oferta de deb�ntures vinculadas aos projetos de infraestrutura, que t�m incentivo tribut�rio para o investidor que compra o papel.
Dos sete projetos que j� emitiram os pap�is, o BB participou de tr�s opera��es - Autoban, Cart e Santo Ant�nio Energia. E j� tem uma engatilhada da Oi. Pelos c�lculos do Banco do Brasil, existe um potencial de 15 opera��es de emiss�o de deb�ntures incentivadas em fase de estrutura��o que o banco est� de olho.
Essas opera��es dependem de uma janela de mercado para se materializarem. O guideline do banco estima um volume entre R$ 5 bilh�es e R$ 10 bilh�es de emiss�o de deb�ntures de infraestrutura ao longo deste ano. A faixa � bastante aberta em decorr�ncia da evolu��o do mercado. O foco do Banco do Brasil � distribuir esses pap�is ao mercado investidor. N�o � inten��o do BB, no entanto, virar s�cio diretamente dos investimentos de infraestrutura.