Operadoras alvo de cr�ticas v�o investir R$ 5 bilh�es

Com base no ranking do site Reclame AQUI, de abril a junho, as principais operadoras que foram alvo de queixas no quesito 4G foram a Vivo, com 287 reclama��es, seguida da Claro,132; Tim, 121, e Oi, 40. Em nota, a Vivo informou que “o ranking mencionado pela reportagem do EM n�o reflete a mesma percep��o de alguns outros, como os da Anatel e Procon, em que a empresa � bem posicionada.” A empresa sustenta que em Belo Horizonte tem o menor �ndice no Cadastro de Reclama��es Fundamentadas no Procon. De 30 de abril at� este m�s, a operadora levou sua rede 4G a 15 cidades brasileiras, parte delas antes do prazo previsto pela Anatel.

A TIM informou ter conclu�do a implanta��o do servi�o de tecnologia 4G em Belo Horizonte e demais cidades sedes da Copa das Confedera��es, seguindo as especifica��es e o cronograma determinados pela Anatel. “Para isso, a operada investir�, deste ano a 2015, R$ 10,7 bilh�es, sendo R$ 1,5 bilh�o destinados � tecnologia 4G”, afirmou em nota. A Claro destacou ter sido a primeira operadora a oferecer o 4G no pa�s e que, hoje, tem cobertura em 12 cidades. A Oi tamb�m foi procurada, mas n�o quis comentar o assunto.

Procurada, a Anatel n�o se manifestou sobre o envio do of�cio pela Proteste e pela Associa��o dos Engenheiros de Telecomunica��es (AET). A ag�ncia limitou-se a informar estar fiscalizando o cumprimento das obriga��es do edital. Em rela��o aos investimentos planejados, garantiu que at� o fim de 2014 devem ser investidos R$ 4 bilh�es na infraestrutura 4G. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Servi�o M�vel Celular e Pessoal informou que para operar o servi�o as prestadoras instalaram cerca de 3,5 mil antenas e investiram mais de R$ 5 bilh�es em frequ�ncias e infraestrutura.

Aparelhos inadequados e de alto custo no varejo

A frequ�ncia ideal para o 4G e com mais abrang�ncia � a de 700 megahertz (MHz), alerta o presidente da Associa��o dos Engenheiros de Telecomunica��es (AET), Ruy Bottesi, cujas regras para opera��o ainda est�o em discuss�o no Brasil por meio de consulta p�blica. Segundo o especialista, h� equipamentos que est�o sendo vendidos no Brasil como compat�veis com a tecnologia 4G, mas que n�o operam nessa frequ�ncia. Quando, portanto, ela estiver dispon�vel, o consumidor ter� de trocar o aparelho. “N�o � aconselh�vel que o usu�rio invista em uma tecnologia cara, compat�vel com poucos celulares e dispon�vel em poucas regi�es de algumas cidades”, afirma.

Ainda de acordo com Bottesi, h� d�vidas sobre em quais faixas de frequ�ncia funcionar� o servi�o. “Inicialmente, o 4G funcionar� na frequ�ncia de 2,5 gigahertz, com baixo desempenho para locais fechados, o que implicar� na necessidade de utiliza��o de outras faixas de frequ�ncia relativas ao 3G e 3G Plus para se obterem as velocidades prometidas”, diz.

Para a supervisora institucional da Proteste, Sonia Amaro, o oficio enviado pela institui��o � Anatel chama a aten��o para a necessidade de que os consumidores sejam orientados a respeito dos aparelhos e suas caracter�sticas quanto � adequa��o �s diferentes frequ�ncias e ao risco de adquirirem equipamentos caros que dever�o ser trocados num curto espa�o de tempo. O com�rcio vende aparelhos configurados para as faixas j� leiloadas – de 2,5 giga-hertz (GHz) – que n�o poder�o ser usados na frequ�ncia de 700 megahertz, com previs�o de ser leiloada no ano que vem. “Nosso apelo � para que o consumidor n�o compre, para que espere mais um pouco. Sabemos que tecnicamente o sistema ter� problemas”, afirma.

A Proteste informou que foram homologados pela Anatel 11 modelos de aparelhos que operam na frequ�ncia de 700 MHz, que seria adequada para o 4G. No entanto, as operadoras e fabricantes est�o oferecendo modelos de aparelhos a pre�os superiores a R$ 1,8 mil, como compat�veis com a nova tecnologia, mas que ou n�o operam na frequ�ncia 2,5GHz, ou n�o operam na frequ�ncia de 700 MHz.