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Estado de Minas

D�lar variou de R$ 2,09 a R$ 2,41 em maio. Ontem, moeda fechou a R$ 2,17


postado em 18/06/2013 00:12 / atualizado em 18/06/2013 08:00

Bras�lia – Os brasileiros que n�o desistiram de viagens internacionais est�o pagando caro para garantir o passeio. O Banco Central passou a divulgar ontem um ranking mensal em que � poss�vel acompanhar a valor m�dio cobrado pelas institui��es autorizadas a operar no mercado de c�mbio. No caso do d�lar em esp�cie, o pre�o variou 13,6% em maio: de R$ 2,09 (Intercam corretora) a R$ 2,41 (Bradesco).

Usado para comp�r o ranking, o valor efetivo total (VET) sintetiza a taxa de c�mbio mais o tributo e as tarifas cobradas pelos bancos e casas de c�mbio. Para o euro, a autoridade monet�ria constatou pre�os de R$ 2,71 (Advanced corretora) a R$ 3,88 (Banco do Brasil), uma varia��o de 43,1%. O peso argentino variou de R$ 0,32 (OM distrituibora de t�tulos) a R$ 0,49 (Distri-cash distrituibora de t�tulos).

O sistema pode ser acessado no site do BC (www.bcb.gov.br). Basta informar se a opera��o ser� de compra ou venda, a moeda pesquisada, a forma (esp�cie ou cart�o pr�-pago) e a quantia pretendidas. A cria��o do VET foi aprovada pela Resolu��o 4.021/2011, do Conselho Monet�rio Nacional. A partir de 2012, o BC obrigou os agentes cambiais a divulgar o valor efetivo total.


INTERVEN��O
Testado pelo mercado, o Banco Central interveio de novo ontem, mas o d�lar fechou a R$ 2,1720, a maior cota��o desde 30 de abril de 2009. Com a venda de leil�es de swap cambial tradicional, a autoridade monet�ria brasileira deixou transparecer que n�o quer o d�lar distante de R$ 2,15. A valoriza��o de 0,84% em rela��o ao real levou a uma alta acumulada de 1,11% no m�s e de 5,94% no ano.

Antes de o Banco Central injetar US$ 1,957 bilh�o no mercado por meio de contratos equivalentes a venda de d�lar no mercado futuro — representando 97,75% do total ofertado —, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 2,1780. A disparada do d�lar j� preocupa em rela��o ao repasse para a infla��o. Os contratos futuros de juros voltaram a subir ontem.

No Boletim Focus, divulgado tamb�m ontem pela autoridade monet�ria, economistas do mercado financeiro mantiveram est�vel a proje��o para a taxa de c�mbio no fim de 2013 em R$ 2,10 por d�lar. Para o fechamento do ano que vem, a estimativa m�dia dos analistas de mais de 100 bancos para o d�lar permaneceu inalterada em R$ 2,15.

De olho nos EUA


Bras�lia –
A semana come�ou com a escalada do d�lar e intensa especula��o sobre a decis�o do Federal Open Market Committee (Fomc), o comit� de pol�tica monet�ria do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), que se re�ne hoje e amanh� para determinar se continua com a pol�tica de incentivo � economia. O receio � de que, reduzindo os est�mulos que s�o respons�veis pela inje��o mensal de US$ 85 bilh�es no mercado, a divisa dos EUA se valorize ainda mais. No Brasil, o impacto ser� o maior descontrole sobre os pre�os, alta da infla��o e aumento do endividamento das empresas.


Em afirma��es recentes, o chairman do Fed, Ben Bernanke, sinalizou que o programa Qualitative Easing (QE) poder� ser reduzido se a economia dos EUA continuar a melhorar. Pela pol�tica do QE, atualmente, o Fed compra US$ 45 bilh�es em treasuries (notas do Tesouro) e US$ 40 bilh�es em t�tulos lastreados em hipotecas por m�s. Ap�s a reuni�o do Fed, tamb�m ser�o divulgadas proje��es trimestrais de crescimento, infla��o e desemprego e estimativas sobre a trajet�ria futura das taxas de juros dos Estados Unidos.

O economista-chefe do HSBC nos Estados Unidos, Kevin Logan, espera que o comit� mantenha os est�mulos. Ele alertou, contudo, que ser� a oportunidade de o Fed esclarecer as declara��es do chairman. “Bernanke indicou em maio que o Fomc pode reduzir o ritmo de compras nas pr�ximas reuni�es. Ele ter� oportunidade de explicar o que vai desencadear essa mudan�a e quando isso vai ocorrer”, destacou Logan. Outros economistas tamb�m n�o acreditam que o Fed v� reduzir, j� na pr�xima reuni�o, os est�mulos do QE. Mas n�o h� consenso entre os integrantes do Fomc.

De acordo com economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, alguns acham que o incentivo deveria ter sido cortado h� algum tempo, mas a maioria quer esperar a melhora efetiva da economia. “Essa maioria acha que a retirada do programa agora pode interromper o processo de recupera��o econ�mica. A ata da �ltima reuni�o do comit� tamb�m considerou o enfraquecimento da economia europeia, grande parceira comercial dos EUA”, argumentou.

Reflexos no Brasil


Qualquer que seja a decis�o sobre o Qualitative Easing (QE), vai haver reflexos no aumento de pre�os no Brasil. A avalia��o � do professor de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV) Samy Dana. “O mercado reage a duas coisas: ao fato em si e � sinaliza��o do fato. Aqui no Brasil qualquer uma das duas coisas vai gerar mais infla��o porque o d�lar continuar� se valorizando e a moeda norte-americana tem muita for�a sobre a press�o inflacion�ria”, disse.

Na avalia��o de Alex Agostini, da Austin Rating, o mercado est� atento � decis�o do Fomc desde 30 de abril, quando Bernanke acenou com redu��o do QE. “Se ele tirar ou reduzir esse dinheiro, vai diminuir tamb�m a oferta monet�ria e a tend�ncia � a maior valoriza��o do d�lar. Todos os pa�ses emergentes ter�o suas moedas desvalorizadas e isso � um movimento normal, que ser� muito mais intenso no Brasil porque o pa�s tem mais problemas”, disse.

O Brasil � a �nica grande economia emergente que est� em aperto monet�rio. O Banco Central (BC) aumentou os juros na �ltima reuni�o, de 7,50% para 8%, e a tend�ncia � de que continue a elevar a Selic. “H� d�vidas de que o governo seja capaz de realizar o super�vit prim�rio, a infla��o est� no teto da meta, e ainda h� inger�ncia sobre setores de energia, como na Petrobras. Isso coloca o pa�s em situa��o de desigualdade para encarar a volatilidade maior no mercado”, explicou Agostini.

Segundo ele, a valoriza��o da moeda norte-americana ajuda a piorar a condi��o das contas externas porque as exporta��es n�o est�o crescendo a ponto de beneficiar as empresas exportadoras e o n�mero de empresas endividadas em d�lares � muito alto. (SK)


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