O atual ciclo de aumento de juros pelo Banco Central (BC) contribuir� para elevar a confian�a da popula��o na economia, disse hoje o presidente da institui��o, Alexandre Tombini.
Em audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, ele reafirmou o compromisso da autoridade monet�ria em manter a infla��o sob controle. “O Banco Central est� vigilante e far� o necess�rio, com a devida tempestividade, para colocar a infla��o [no acumulado de 12 meses] em decl�nio no pr�ximo semestre e manter essa tend�ncia para os pr�ximos anos.”
O presidente do BC ressaltou que, apesar de estar caindo m�s a m�s, a infla��o oficial, medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), ainda est� aumentando no acumulado em 12 meses. Segundo ele, essa tend�ncia permanecer� at� o in�cio do segundo semestre, quando, enfim, a infla��o tamb�m cair� no acumulado em 12 meses.
De acordo com Tombini, choques de oferta em produtos agr�colas, como a seca nos Estados Unidos no ano passado e o aumento no pre�o de hortali�as provocado pelas chuvas no in�cio do ano, foram os respons�veis pela alta da infla��o no come�o de 2013. Segundo ele, a infla��o estava convergindo para o centro da meta at� meados do ano passado, quando fatores externos passaram a pressionar os �ndices.
“A intensidade dos choques n�o foi desprez�vel. Em junho de 2012, o IPCA acumulado em 12 meses estava em 4,9%. Todos os �ndices estavam em trajet�ria declinante. Na �poca, o Banco Central projetava que a infla��o fecharia o ano em 4,7%, mas os choques empurraram os �ndices para cima”, explicou.
Tombini negou ainda ter havido falhas na comunica��o do Banco Central no per�odo de disparada da infla��o, no in�cio do ano. Ele destacou que as atas das reuni�es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) indicaram que a autoridade monet�ria estava preocupada com os pre�os.
“Em janeiro, o Banco Central explicitou a preocupa��o com infla��o e n�o compartilhou a hip�tese de que cortes adicionais dos juros seriam desej�veis. Em mar�o, sinalizamos que, num futuro pr�ximo, ocorreriam aumentos na Selic [juros b�sicos da economia]. Em abril, iniciamos um ciclo de ajuste [aumento] na Selic, que se intensificou em maio”, destacou.
O presidente do Banco Central ressaltou ainda que, no fim deste m�s, o �rg�o divulgar� as novas previs�es oficiais para a economia brasileira no Relat�rio de Infla��o. Ele n�o adiantou n�meros, mas disse que a previs�o de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) ficar� “ao redor de” 3% neste ano. No �ltimo documento, a estimativa estava em 3,1%.
