O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reagiu duramente �s informa��es que circulam nos meios pol�ticos e econ�micos de que estaria deixando o governo em decorr�ncia da condu��o da pol�tica econ�mica.
“S�o fofocas, eventuais informa��es sobre a minha sa�da”, disse Mantega. Ao ser questionado por parlamentares sobre o assunto, ele acrescentou: “Se vamos dar ouvidos a fofocas, [imaginem] quantas fofocas temos ouvido sobre a sa�da de membros do parlamento [sem citar situa��es espec�ficas]”.
Para Mantega, “� uma irresponsabilidade” espalhar not�cias sobre a sa�da ou demiss�o de integrantes da equipe econ�mica no momento em que o Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, adota procedimentos que geram turbul�ncias � economia mundial.
Sobre a instabilidade do c�mbio, fen�meno que ocorre n�o s� no Brasil, mas em outros pa�ses emergentes, o ministro disse que a quest�o tem que ver com a situa��o dos Estados Unidos. Segundo Mantega, � cedo para saber qual dever� ser o pre�o ideal da moeda norte-americana.
“N�o sabemos [em que] patamar o c�mbio ir� se estabilizar. � claro que empresas que t�m passivo em d�lar ter�o problemas em seus balan�os. Mas, futuramente, isso mudar�”, disse.
O governo tem adotado uma s�rie de medidas para tentar suavizar a alta do d�lar, nas �ltimas semanas. Ontem (25), o Banco Central (BC) decidiu deixar de recolher dep�sito compuls�rio sobre a posi��o vendida de c�mbio, indicando apostas de institui��es financeiras na queda do d�lar.
O objetivo da medida � aumentar a oferta de d�lares no mercado futuro. Mas, atualmente, em vez de esperarem na queda do d�lar, as institui��es financeiras est�o apostando na alta da moeda norte-americana, na posi��o comprada de c�mbio. Neste m�s, at� o �ltimo dia 19, os bancos estavam comprados em US$ 4,473 bilh�es.
O BC tamb�m tem feito leil�es de swap cambial tradicional, equivalente � venda de d�lares no mercado futuro, para tentar conter a alta do d�lar. No �ltimo dia 20, o BC lan�ou m�o tamb�m de mais uma ferramenta para conter a alta do d�lar. A autoridade monet�ria anunciou leil�o de venda d�lares com compromisso de recompra futura.
No �ltimo dia 6, o governo decidiu zerar o Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a al�quota em vigor era 6%. A medida estimula a entrada de recursos externos e, com isso, ajuda a conter a alta do do d�lar.
Outra medida foi a isen��o de IOF, que era cobrado, com al�quota de 1%, sobre a venda de moeda estrangeira no mercado futuro.
Ontem, o d�lar encerrou o dia em queda pela terceira sess�o seguida. O d�lar comercial fechou cotado a R$ 2,2119 para venda, com queda de 0,71%.
A expectativa de institui��es financeiras � que o d�lar chegue ao final do ano em R$ 2,13.