A suspens�o do reajuste das tarifas de ped�gio nas rodovias paulistas afeta a percep��o de risco no setor de concess�es e aumenta as incertezas a respeito dos pr�ximos leil�es, avaliam os analistas do HSBC Alexandre Falc�o e Ravi Jain.
Para os profissionais, embora o governo de S�o Paulo tenha afirmado n�o ter inten��o de quebrar contratos e que vai compensar as concess�es por meio da redu��o nos custos, a fim de garantir o rebalanceamento econ�mico e financeiro dos contratos, a decis�o influencia a percep��o de risco pela interven��o regulat�ria. “Acreditamos que a poss�vel continuidade da interfer�ncia do governo cria o potencial para desequil�brios econ�micos no futuro”, disseram, em relat�rio.
No que diz respeito �s companhias com concess�es estaduais, caso da Arteris, CCR e EcoRodovias, os analistas avaliam que, no caso de n�o haver compensa��o, o efeito sobre o lucro antes de juros, impostos, deprecia��es e amortiza��es (Ebitda) de 2013 “n�o ser� significativo”. A casa estima que, na aus�ncia de reajuste tarif�rio, o Ebitda de Arteris, CCR e Ecorodovias vai cair 3,6%, 3,5% e 2,4%, respectivamente. “Embora o impacto pare�a limitado para um ano, sem a compensa��o, esse impacto pode ser composto ao longo da dura��o da concess�o”, afirmam.
Ainda assim, Falc�o e Jain lembram que o governador Geraldo Alckmin declarou que o Estado planeja conseguir o rebalanceamento dos contratos por meio de redu��es nos custos, como a diminui��o na tarifa da ag�ncia regulat�ria estadual, a Artesp, que passar� de 3% para 1,5% do faturamento das concession�rias; o in�cio da cobran�a de ped�gio dos “eixos suspensos”; e, se necess�rio, a redu��o do �nus fixo pago ao governo.