Apesar do compromisso do governo Dilma Rousseff com a queda da infla��o, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2013 com uma taxa maior do que a verificada em 2012. A proje��o para o IPCA subiu de 5,7% para 6% ao final de 2013, no cen�rio de refer�ncia, mostra o Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) do segundo trimestre de 2013, divulgado pelo Banco Central, nesta quinta-feira, 27.
Em 2012, segundo ano do governo Dilma, o IPCA fechou em 5,84%. Ao longo deste ano, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeram em v�rias ocasi�es uma infla��o menor em 2013 do que a de 2012. A queda da infla��o tamb�m foi uma promessa da presidente Dilma.
Pelas novas proje��es do BC, o IPCA no �ltimo ano do governo da presidente Dilma, em 2014, ficar� em 5,4%, bem acima do centro da meta de infla��o, fixada em 4,5%, e da estimativa anterior, de 5,3%.
O BC tamb�m revisou, para baixo, sua proje��o de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, de 3,1% para 2,7%. Pela primeira vez a autarquia apresentou tamb�m sua estimativa para a expans�o da economia brasileira em 12 meses at� o final do primeiro trimestre de 2014, que � de 3,00%.
Na quarta-feira, 26, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse a deputados, durante audi�ncia na C�mara, que sua proje��o era de um crescimento em torno de 3% para 2013. A pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC com analistas do mercado financeiro, est� com uma previs�o de taxa de expans�o de 2,46% para este ano. Na �poca do relat�rio trimestral anterior, de mar�o, a Focus previa um crescimento de 3,00%.
C�mbio
O BC passou a usar uma cota��o para o d�lar de R$ 2,10, segundo o relat�rio de infla��o divulgado nesta quinta-feira. No documento anterior, de mar�o, o par�metro utilizado no cen�rio de refer�ncia era de R$ 1,95. Essa nova cota��o tem como data de corte o dia 7 de junho. Nessa data, o d�lar comercial fechou em R$ 2,1380 na BM&F e em R$ 2,1360, no balc�o.
O valor determinado pelo colegiado para constar no relat�rio � pr�ximo ao da cota��o do dia, mas o Broadcast, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, vem ressaltando a decis�o da autoridade monet�ria de optar por usar par�metros para suas proje��es distantes das vari�veis de mercado. Na �ltima ata do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), por exemplo, as proje��es para a infla��o foram feitas com base em um d�lar a R$ 2,05. No dia 29 de maio, no entanto, quando foi tomada a decis�o de aumentar os juros para 8% ao ano, as cota��es eram de R$ 2,11 (balc�o) e de R$ 2,0894 (Ptax), mais pr�ximas, portanto, de R$ 2,10.
Em dezembro de 2012, o BC j� havia utilizado uma cota��o abaixo da verificada no mercado no Relat�rio Trimestral de Infla��o. Na �poca, o diretor de Pol�tica Econ�mica do BC, Carlos Hamilton Ara�jo, disse que o valor de R$ 2,05, usado nas proje��es de infla��o no cen�rio de refer�ncia, era "mais razo�vel" do que a cota��o verificada no dia 7 de dezembro, data usada como corte para fazer as previs�es. Naquele dia, o d�lar valia R$ 2,0870.