O diretor adjunto do Departamento de Pesquisas e Estudos Econ�micos (Depecon) da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Walter Sacca, disse nesta quinta-feira, 27, que o Indicador do N�vel de Atividade (INA) aponta para o que chamou de "oscila��o est�vel". "Continuamos no ioi�. Um m�s cresce, um m�s diminui", disse. Segundo a Fiesp, o INA revisado de abril apresentou alta de 0,7% ante mar�o, enquanto o indicador de maio registrou queda de 0,9% na compara��o com o m�s anterior, ambos na s�rie com ajuste.
De acordo com Sacca, � preciso ter cautela para avaliar os n�meros, pois a base de compara��o, que � o primeiro semestre de 2012, foi muito ruim. "Deve haver uma redu��o do crescimento pois vamos passar a comparar com n�meros melhores no segundo semestre", afirmou, ponderando que "ningu�m se atreve a fazer previs�o de como ser� daqui para a frente". No acumulado deste ano at� maio, o INA apresentou alta de 4,7%, enquanto em 2012 no per�odo recuou 5,6%.
Segundo Sacca, tr�s setores merecem destaque no indicador deste m�s: metalurgia b�sica, alimentos e produtos qu�micos. O comportamento do setor de metalurgia b�sica, de acordo com o economista, mostra que n�o h� consist�ncia nem de crescimento nem de queda. "Tinha ca�do 6% no m�s passado e neste m�s subiu 6%", disse. Dentro do segmento, o melhor desempenho foi o total de vendas reais, que teve alta de 5,2% em maio ante abril com ajuste.
J� o setor de alimentos tem apresentado queda desde o in�cio do ano, recuou 2% em maio sobre abril, com ajuste. "Esse resultado se deve ao aumento exagerado dos pre�os dos alimentos no come�o do ano. Esperamos que haja uma corre��o disso ao longo do ano".
Sacca diz ainda que o segmento de a��car e �lcool, que faz parte do setor de alimentos, tem contribu�do para esse desempenho negativo. "Tem sido uma participa��o amarga dada a sazonalidade do emprego e a tend�ncia crescente de mecaniza��o".
O setor de produtos qu�micos, por sua vez, apresentou queda de 0 3% em maio ante abril, com ajuste, e no acumulado de janeiro a maio registra queda de 2,8% sem ajuste. "A demanda do setor, segundo a Abiquim (Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica), cresceu 7,1% nesses primeiros meses do ano. Essa queda na ind�stria no per�odo mostra que isso est� sendo suprido com importa��o", afirmou. Segundo o economista, essa realidade do setor qu�mico, "vai de mal a pior". "E n�o h� perspectiva de mudar".
Boletim trimestral
Sacca comentou ainda os n�meros do Relat�rio Trimestral de Infla��o do Banco Central, divulgado nesta quinta-feira, 27, que apontaram uma queda de perspectiva no crescimento da economia, de 3,1% para 2,7%, em 2013. "Se j� era dif�cil fazer previs�o dentro de um ambiente que est�vamos vivendo, agora com as mudan�as acontecendo por causa desses protestos fica ainda mais complicado".
De acordo com o economista, a Fiesp, que come�ou o ano com a previs�o de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% para 2013, j� revisou o n�mero para 2,5% e est� em um processo de nova revis�o. "Deve ser uma revis�o para baixo", afirmou.