O indicador de produ��o industrial do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) aponta para um recuo de 1,6% da ind�stria em maio na compara��o com o m�s imediatamente anterior. A estimativa � baseada na an�lise de indicadores antecedentes e tamb�m leva em conta o forte resultado registrado no m�s de abril. O resultado estimado para a produ��o industrial (PIM-PF) medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) na compara��o com maio de 2012 � de um crescimento de 1,6%. Em abril, a produ��o do setor registrou alta de 8,4% ante o mesmo m�s de 2012 e de 1,8% na margem.
O Ipea n�o faz a abertura dos dados por atividade, mas o t�cnico Leonardo Mello de Carvalho avalia que a produ��o de bens dur�veis deve ser afetada pela menor produ��o de ve�culos. J� os bens de capitais tendem a manter um bom desempenho. Ele destaca que a produ��o de abril deixou um carregamento positivo e que se houver crescimento zero em maio e junho a ind�stria crescer� a uma taxa positiva de 1,5% no trimestre.
De acordo com o Ipea, os indicadores antecedentes do m�s de maio "sinalizam para um cen�rio ainda incerto no tocante a uma recupera��o mais vigorosa da ind�stria", diz a Carta de Conjuntura apresentada nesta quinta-feira, 27, pelo instituto. Entre os indicadores citados est� o PMI, indicador de atividade do setor manufatureiro que passou de 50,8 pontos em abril para 50,4 pontos em maio, o menor patamar em sete meses. Os dados da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) para a produ��o de autom�veis tamb�m desacelerou em maio, avan�ando 0,8% ante o m�s anterior. O fluxo de ve�culos pesados em estradas e as vendas de papel�o ondulado, tamb�m term�metros da produ��o, registraram quedas de 4,1% e de 3,2% na margem, respectivamente.
"Abril foi um m�s muito forte em termos de atividade por um efeito relevante de dias �teis. Foi um ponto fora da curva", diz o coordenador do Grupo de Estudos de Conjuntura do Ipea, Fernando Ribeiro, para quem o segundo trimestre ter� uma evolu��o similar � do primeiro quando houve alta forte em janeiro, recuo em fevereiro e um resultado positivo no trimestre.