As manifesta��es ocorridas na segunda quinzena de junho derrubaram as vendas do com�rcio varejista na capital paulista. Em junho, o n�mero de consultas para vendas � vista caiu 4,1% na compara��o com igual per�odo de 2012. Nas vendas financiadas, o recuo foi de 2,8%. Na m�dia dos dois sistemas, a retra��o foi 3 5% em rela��o a de 2012, aponta uma pesquisa da Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), baseada numa amostra de dados de clientes da Boa Vista Servi�os, que administra o Servi�o Central de Prote��o ao Cr�dito (SCPC).
“O baque no varejo foi provocado pelas manifesta��es que fizeram com que muitos lojistas fechassem as portas mais cedo”, afirma o economista da ACSP, Em�lio Alfieri. Ele pondera que os resultados se referem �s cerca de 25 mil lojas filiadas � entidade. Mas em estabelecimentos localizados em corredores comerciais importantes, como a Avenida Paulista que foi palco de in�meras manifesta��es, a queda nas vendas pode ter sido maior ainda.
Quinzena
O impacto negativo dos protestos de rua no movimento do com�rcio fica n�tido quando se avalia os resultados da primeira e da segunda quinzena do m�s separadamente. Entre os dias 1º e 15 de junho, as consultas para vendas a prazo cresciam 4,3% e � vista, 3,2% em rela��o a igual per�odo de 2012. Do dia 15 ao dia 30, no entanto, o quadro mudou: as consultas para vendas a prazo ca�ram 10,2% e � vista, 14,1%, na compara��o anual.
Com o resultado de junho, que foi negativo na compara��o anual, o varejo encerrou o primeiro semestre praticamente est�vel ante 2012. Com isso, ficou invi�vel atingir a proje��o de crescimento de 4% para o com�rcio varejista tra�ada para este ano pela associa��o.
O presidente da ACSP, Rog�rio Amato, ressalta que o segundo semestre costuma ser mais aquecido para o com�rcio. Mas, al�m do efeito das manifesta��es, existem outros fatores que est�o prejudicando o desempenho das vendas neste ano. Entre esses fatores est� o aumento da infla��o, que corroeu o poder de compra do brasileiro.
Al�m disso, lembra Alfieri, h� uma desacelera��o da massa salarial e da renda. Por �ltimo, o cr�dito destinado �s pessoas f�sicas, expurgando-se os financiamentos imobili�rios, cresce num ritmo bem menor do que o registrado no ao passado. De acordo com o economista, a venda est� temporariamente estagnada. O lado favor�vel dessa estagna��o � a menor press�o sobre a infla��o, avalia. “O cen�rio atual pode ajudar o Banco Central a controlar a infla��o.”