O custo da energia gerada a partir do sol dever� cair, aproximadamente, 45% at� 2018, apontam estudos do Minist�rio de Minas e Energia (MME). De acordo com o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energ�tico do minist�rio, Jorge Paglioli Jobim, o custo que hoje estaria estimado em R$ 280 a R$ 300 por megawatt-hora (MWh) poderia cair para R$ 165/MWh dentro de cinco anos. Essa redu��o contribuiria para que a energia solar participasse de forma competitiva dos leil�es de eletricidade dentro de alguns anos.
Na semana passada, o presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Maur�cio Tolmasquim, revelou que o leil�o de energia A-3, com entrega a partir de 2016, contar� pela primeira vez com energia solar e proveniente de res�duos de lixo. Na oportunidade, Tolmasquim destacou que a inclus�o tinha como objetivo principal ajudar a "mapear" a competitividade dessas fontes. Essa an�lise � explicada pelos atuais valores da energia solar, n�o competitivos com a e�lica, por exemplo, cujos custos podem oscilar ao redor de R$ 100/MWh.
Jobim afirmou acreditar que o leil�o previsto para outubro � mais um passo com o objetivo de consolidar a oferta de energia solar no Brasil. Sobretudo, uma indica��o de que o Pa�s est� interessado em estimular esse mercado. "O Brasil esperou o desenvolvimento dos equipamentos para a gera��o de energia e�lica e deu chance para introduzir no Brasil uma cadeia de equipamentos em estado da arte", comparou, sugerindo que o mesmo poderia ocorrer agora com a energia solar.
"Pretendemos desenvolver a fabrica��o nacional a partir da abertura do mercado e a possibilidade de ingresso da fonte nos leil�es", complementou ele, que participou nesta segunda-feira da abertura do 10.º Congresso Brasileiro de Efici�ncia Energ�tica e ExpoEfici�ncia (Cobee), organizado pela Associa��o Brasileira das Empresas de Servi�os de Conserva��o de Energia (Abesco).
O representante do minist�rio revelou que um grupo de investidores pediu ao MME a realiza��o de leil�es espec�ficos para a gera��o de energia solar. O tema ainda est� em an�lise. Ao mesmo tempo, o governo observa a oportunidade de atrair investidores com atua��o nesse mercado e, dessa forma, assegurar a instala��o no Pa�s de f�bricas de equipamentos e sistemas voltados � gera��o de energia solar.
Assim como ocorreu no mercado de energia e�lica, o desenvolvimento dessa atividade no Brasil acompanharia a evolu��o dos equipamentos em termos mundiais. "Os pain�is fabricados no leste asi�tico possuem 20 anos de vida �til, mas est�o durando apenas dois anos. O Brasil n�o quer se tornar um dep�sito de equipamentos de baixa efici�ncia", destacou. Hoje, a efici�ncia desses equipamentos � de aproximadamente 20%. "Ou seja, precisamos de uma �rea muito grande para gerar energia", complementou.