O governo endureceu ontem contra a paralisa��o nacional dos caminhoneiros, determinando �s for�as policiais imediata desobstru��o das estradas do pa�s e ainda alertando os participantes dos protestos sobre o risco de serem presos e receberem pesadas multas. A maioria dos manifestantes recuou um dia antes do t�rmino dos eventos programados para encerrar na manh� de hoje. O principal golpe dado contra os protestos em nove estados, liderados pelo Movimento Uni�o Brasil Caminhoneiro (MUBC), foi a abertura de inqu�rito pela Pol�cia Federal (PF) para investir as motiva��es da entidade. Pelo menos 11 pessoas foram presas nessas opera��es, sobretudo em raz�o de fechamento de vias.
A determina��o do Minist�rio da Justi�a partiu da acusa��o pelo Planalto de que o presidente da MUBC, N�lio Botelho, praticou o crime de locaute, como � chamada a greve de empresas prestadoras de servi�os, por decis�o dos pr�prios empres�rios. “� fundamental no pa�s que estradas n�o sejam interrompidas e o meu governo n�o ficar� quieto perante esse processo. Na nossa bandeira tem a palavra ordem, que significa democracia mas tamb�m respeito �s condi��es da produ��o e de circula��o das pessoas”, discursou a presidente Dilma Rousseff em cerim�nia pela manh�.
O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, informou que a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) foi instru�da a negociar as obstru��es e avisar a Pol�cia Federal sobre eventuais resist�ncias. “Em caso de crimes flagrantes, a PF est� autorizada a realizar pris�es de envolvidos”, ressaltou, lembrando que a autoridade policial tem liberdade de agir de forma preventiva, inclusive prendendo suspeitos. Antes desse an�ncio, a rea��o mais violenta ocorreu no interior de S�o Paulo, quando oito cabines de ped�gio na rodovia SP-332, pr�ximo a Cosm�polis, foram queimadas.
O ministro dos Transportes, C�sar Borges, que havia comunicado na v�spera o colega da Justi�a sobre os ind�cios de locaute e pedido provid�ncias, desqualificou o movimento do MUBC. Segundo ele, ap�s conversar com todos as entidades sindicais que representam os caminhoneiros e com os pr�prios motoristas, percebeu que se tratava de uma “a��o isolada, minorit�ria e movida por interesses particulares, que buscavam benef�cios para empresas”.
A Confedera��o Nacional dos Transportadores Aut�nomos (CNTA), a Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT), ligada � Central �nica dos Trabalhadores (CUT), e a Associa��o Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) dizem n�o apoiar a MUBC.